Revista Jogos 80 – Especial De Natal 2011

Amigos, o Marcus Garrett, autor do livro 1983: O Ano dos Videogames no Brasil, pilota outro projeto muito legal: a revista Jogos 80. Foram publicadas 7 edições incrivelmente bem-feitas, altamente nostálgicas e informativas, entre os anos 2004 e 2006.

Sempre dividindo igualmente seu conteúdo entre os consoles e os computadores da marcante década de 80, a revista retornou no final de 2010 em sua sétima edição e, após o lançamento do seu livro, o Marcus voltou sua atenção para a publicação online em grande estilo: esta edição “Especial de Natal”, terá mais de 100 páginas! A julgar pelas edições anteriores… teremos conteúdo suficiente para o Natal mais feliz dos últimos anos-retrô de nossas vidas! :)

Nota pessoal: as primeiras edições tiveram uma grande influência sobre meu interesse em comprar consoles antigos. Ao terminar de ler a primeira edição, em 2004, imediatamente fui procurar um Atari 2600 para comprar e… o resto é “história”. Dá pra dizer que a Jogos 80 foi a “gota d’água que faltava” para que me tornasse um pequeno colecionador de videogames antigos.

Oferecendo conteúdo 100% original, a Jogos 80 é um projeto que nós, retrogamers brazucas, somos privilegiados em ter disponível por aqui. Não somente revisitando jogos antigos, os caras tentam resgatar informações históricas – uma matéria favorita está presente na segunda edição, onde o Marcus fez uma visita aventureira ao local onde ficava o escritório da Canal 3, pioneira fabricante de cartuchos Atari no Brasil.

Com arte e tipografia que remonta às revistas da época, lembrando em estilo a Atari Age americana, é um trabalho imperdível que deve ser conhecido. Baixem e divulguem, amigos: o download da edição integral é gratuito no site www.jogos80.com.br. Nem o Pac-Man vai perder esta edição da Jogos 80…

Arte do Banner: Andrey Santos

 Chegou a nova edição da Jogos 80 (número 8), especial de Natal, com muita coisa bacana e com 117 páginas! Passamos 6 meses preparando a revista e esperamos que ela esteja do agrado de vocês. Eis um pouco do que encontrarão nela:

– Programando jogos “One-Liner” no TK90X. Dicas e informações sobre como fazer seus próprios games na modalidade em que toda a programação é feita em somente uma linha de código. Verdadeiro desafio!

– Entrevista Internacional: Tim Follin. O “mago” compositor de trilhas para Commodore 64, Spectrum, Amiga e outras plataformas conta curiosidades sobre seu trabalho e revela informações fantásticas.

– Especial: Don Priestley. Conheça ou relembre o notório programador de jogos – Popeye, The Trap Door e outros! – para o ZX Spectrum.

– Faça você mesmo: cartucho de Atari com 15 jogos. Saiba, passo-a-passo, como construir seu próprio multicart de Atari; do software ao hardware.

– Entrevista Nacional: Kazuaki Ishizu. O ex-funcionário da Splice do Brasil, responsável pela produção e pelas vendas do SpliceVision (clone nacional do Coleco), conta curiosidades e sana dúvidas antigas em uma excelente entrevista.

– Especial: Ficção Interativa. Um gênero muito popular – e comercial! – nos anos 70 e 80 que fez a cabeça dos jogadores. Saiba como funcionavam – e ainda funcionam – os “parsers”, os interpretadores de texto que eram o coração dos adventures de texto puro.

– Fairchild Channel F. Conheça o console que precedeu o Atari 2600, sendo o primeiro a usar cartuchos na história!

– A história do Commodore Amiga – Primeira Parte. Saiba como o famoso micro de 16 bits da Commodore começou!

– Entrevista Nacional: Paolo F. Pugno e Mario Camara. Os ex-funcionários da Plan-Soft, da Disprosoft e da Orionsoft revelam como foi trabalhar em empresas que vendiam jogos em cassete para MSX, ZX Spectrum e outros à época. Esperem por “causos” engraçados e muita informação!

– Segunda parte da matéria “Túnel do Tempo da Folha de S. Paulo”. Com, entre outras, reportagem sobre o lançamento do Expert da Gradiente!

– Reviews de jogos: Poltergeist (TRS-Color), 1 Million B.C. (Atari 800), Beyond the Ice Palace (ZX Spectrum), The North Star (ZX Spectrum), Goonies ´R´ Good Enough (MSX/MSX2) e outros.

– Computer Camps. Conheça ou relembre os lendários acampamentos de computação dos anos 80 em que as crianças, além de nadar e de praticar esportes, aprendiam programação em Basic.

– Os jogos da Activision no ColecoVision. Veja um comparativo com as respectivas versões – mais conhecidas – do Atari 2600 em relação ao console da Coleco. Melhores? Piores? Comprove!

– Exposição Game ON no MIS. Estivemos na exposição, no dia de estréia, e contamos o que vimos por lá – além de entrevistarmos, brevemente, um dos curadores, o inglês Patrick Moran.

E muito mais!

Acessem:

www.jogos80.com.br

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O Que Você Jogou Em 2011?

Amigos do Cosmic Effect: este post faz parte do meme proposto pelo Ighor do blog Videogame.etc.br. Como o título do post explicita, iremos revisitar os jogos que jogamos neste ano de 2011, porém de forma bem rápida e sucinta.
Há vários jogos citados neste post, passeando por diversas plataformas. Mas não há conexão entre os reviews, portanto não se assuste com o tamanho total do post — apenas escolha os jogos que gostaria de ler um parágrafo sobre e aproveite :)
Espero que gostem!

Cosmonal

Alien Syndrome

SEGA – Master System (1987)

Um run and gun original de arcade que teve modesto sucesso no Master System, Alien Syndrome é uma excelente alternativa pra quem gosta de jogos de nave como eu. Joguei o cartucho do Master System no console real, com seu joystick original — o que tornou a jogatina razoavelmente mais difícil por causa do famoso direcional impreciso do controle do 8-bit da SEGA. Tão difícil que parei sem passar da quarta fase, das 8 do jogo. Os chefes rendem belas batalhas, com aquele fundo preto típico da época e sprites que seriam altamente perturbadores se fossem em 3D na engine Unreal…

Super Metroid

Nintendo – Super Nintendo (1994)

Um dos melhores jogos de todos os tempos que só fui jogar com toda a pompa do controle do Super Nintendo nas mãos neste ano. É a vantagem de ser retrogamer… sempre tem uma MARAVILHA PERFEITA como Super Metroid que você ainda não jogou. As pirraças constantes que o jogador sofre ao ver um item impossível (ou quase) de alcançar, a trilha sonora atmosférica e a dificuldade equilibrada confirmaram tudo que eu ouvia falar sobre este título. E tem mais: o design genuinamente inteligente dos cenários, somado a um controle perfeito da personagem… e por aí vai.

Metroid Prime 2: Echoes

Nintendo – Wii (2009)

Quer um único motivo para ter um Wii? Metroid Prime Trilogy. Zelda e Mario tem aos montes nos outros consoles da Nintendo; Metroid não é tão farto assim. E Metroid Prime com o Wiimote funcionando não como um gimmick — bem-vindo REALMENTE à nova geração dos videogames. Ah, mas se fosse só isso… nem é. Sabe aquelas brincadeiras que vemos no YouTube onde um fã renderiza em 3D uma fase de um joguinho antigo, só pra ver como ficaria? Agora imagine Super Metroid em 3 dimensões, o JOGO INTEIRO — e não um videozinho de 1 minuto. Isso é Metroid Prime. Echoes, em especial, é o “mais hardcore” da trilogia. O Gagá dizimou (no melhor dos sentidos) a trilogia inteira num belíssimo post aqui no CFX recentemente.

Sim, você vai passear pelos ambientes; sim, você vai se perder no mapa; sim, você vai apreciar a trilha sonora GENIAL, com temas atualizados de Super Metroid e muito mais. E, sim, você vai sofrer no final para terminá-lo e sentir aquela sensação de “eu consegui encontrar todas as… sozinho”. Comprei o Wii por causa de Dead Space Extraction. Fiquei por Metroid Prime.

Dead Space 2

Electronic Arts – PC (2011)

O primeiro Dead Space chamou muito minha atenção quando lançado: um jogo desenvolvido pelo estúdio da Electronic Arts (tenho uma forte nostalgia e apreço por títulos da EA), com a temática navegando entre os filmes Alien e The Thing e de gameplay refinado. Não tinha como dar errado para mim, e não deu mesmo: virei fã incondicional da franquia. A continuação é o mais do mesmo que os fãs esperavam, ainda bem, e a preparação para o terceiro ato. Adicionou-se um ótimo multiplayer, ainda que esta não seja a crítica recorrente que ouvirá por aí. Pessoalmente, sair de um duto de ventilação controlando um dos alienígenas gosmentos contra os humanos, apertar o RT para vomitar em seu oponente… é divertido! Mas o que interessa, claro, é a campanha: lotada de ótimos momentos gamísticos e cinematográficos. Um jogo que você vê valor de produção em cada toque no botão do joystick.

Jamestown: Legend Of The Lost Colony

Final Form Games – PC (2011)

Se ninguém te contar, você termina este shmup sem perceber que é um jogo independente. Ok, não estou querendo dizer que é uma mega-produção cheia de cutscenes de Kojima, mas sim um jogo de nave que usa sprites sem afetação, sem parecer que os desenvolvedores estavam se sentindo nostálgicos e, só por isso, o Jamestown terminou tendo visual retrô. Além da pixel art imbatível e detalhada, a trilha sonora é lindamente orquestrada e o estilo é o mais atualizado manic shooter, com alguma dose de estratégia e um co-op empolgante. Por sinal, basicamente joguei-o “de dois”, o que me permitiu terminá-lo razoavelmente bem por causa da soma de forças. Cereja no bolo: a história… é até interessante! Não esqueça de que isso é uma mega elogio em se tratando de jogos de nave… Heider escreveu um review deste indie aqui no CFX.

Double Dragon II: The Revenge

Technos – NES (1989)

Outro que tive uma experiência multiplayer inesquecível este ano foi o Double Dragon II, do NES. Todo mundo é fã de algum Double Dragon: minha relação de adoração é com o primeiro da franquia, na conversão do Master System. Foi o primeiro jogo de luta cooperativo que lembro ter jogado fora dos arcades; primeiro jogo em que parei tudo só para escutar a trilha sonora… e o primeiro que coloquei um gravador na frente da TV para gravar as músicas em K7. Neste ano, joguei por inteiro com o Danilo, a continuação para NES, que tem gráficos iguais ou melhores que o Double Dragon 1 do Master System, mais fases e um boss final exclusivo. E um trecho de plataforma dificílimo no caminho. Sei que isso não deve ser novidade pra você mas lá vai: é um jogaço.

Out Run

SEGA – Game Gear (1989)

Out Run é um jogo adorável. Nunca enxerguei-o como um jogo de carro, de pilotagem. Ele é como Enduro do Atari: os carros são obstáculos, rodando sempre mais devagar; os cenários são belos e variados; e o que importa é a sua pontuação no high score. Com um Game Gear recém-adquirido, sabendo que em qualquer console da SEGA tem um Out Run (no Dreamcast, como um minigame do Shenmue, mas tá valendo :P), pensei: “vou começar por onde é certa a diversão”. Bom, na telinha de um portátil, a sensação de relaxamento típica ao jogar Out Run dá lugar à tensão para conseguir enxergar direito na alta velocidade. De qualquer maneira, é praticamente o mesmo jogo do Master System, com uma seção adicional onde é possível competir com outro carro.

Out Run Online Arcade

SEGA – Xbox 360 (2009)

Agora sim, estamos falando provavelmente da melhor maneira de jogar Out Run atualmente. Em 2003, Yu Suzuki expandiu a idéia original em Out Run 2, adicionando algumas simples manobras ao controle da sua Ferrari que deram origem à diversos modos de jogo sensacionais. A versão da Live do Xbox 360 é, basicamente, uma evolução daquele título (e do Out Run 2006: Coast To Coast), com a vantagem de ter sempre alguém online disponível para um racha. Mas, se correr contra outros jogadores não te interessa, volte-se aos modos single player deste Out Run e evolua no score. Não se iluda com o climinha relaxante de Passing Breeze tocando: este Out Run é daqueles fáceis de pegar, mas difíceis de virar mestre.

Vagrant Story

Square – PlayStation (2000)

Em busca de um RPG em turnos com a complexidade de armas e itens disponíveis nos cRPGs da Bethesda (Elder Scrolls, Fallout 3/New Vegas), deparei-me com Vagrant Story. De quebra, é um dungeon crawler isométrico com aqueles gráficos tridimensionais charmosos da era do PSX! Viciei no danado, joguei por umas duas semanas e parei por motivos técnicos (controle do PSX falhando irritantemente). Já comprei um novo, sem fio e devo voltar em breve. As impressões foram as melhores possíveis, principalmente do combate: misto de ação com turnos, recompensa o timing do jogador com combos que aumentam o dano. Você deve “respeitar a animação” dos ataques para acertar o momento certo de pressionar — altamente recompensador e imersivo. E a atmosfera sombria da dungeon ganha um toque especial com as músicas de Hitoshi Sakimoto, que tomou emprestado alguns motivos de Radiant Silvergun. Maravilha.

Soldner X2: Final Prototype

Eastasiasoft – PlayStation 3 (2010)

Console novo… jogo de nave mais bonito. Essa máxima sempre foi respeitada. Nunca um shmup do NES seria mais bonito que um título de Mega Drive; ou um de PlayStation não deixaria de ser visualmente mais interessante que um de Super NES. Bem… isso acabou na sétima geração. O gênero deixou de ser mainstream, correto… mas não morreu. Parece que o foco, após o nascimento dos bullet hell, mudou um pouco para as novas mecânicas e o exagero de tiros na tela. Mas, de vez em quando aparece um shmup para os mais tradicionais como eu, que gostam de R-Type e Gradius: Soldner X2 é um deles.

Produzido na Alemanha, com visual menos interessante que Gradius V do PlayStation 2 (o shmup mais bonito da história?), parece um jogo de nave feito para o “quarentão pai de dois filhos trabalhando 40 horas por semana com um tempinho no domingo à tarde”. Como não tem Xevious — nem arcade — perto da sua casa, ele comprou um PlayStation 3 e baixou um shmup na PSN. Ou seja: o jogo precisa PARECER que é desafiador, mas não pode se dar ao luxo de sê-lo realmente, pelo menos logo de cara. Afinal, ele só joga domingo à tarde, antes do futebol e precisa sentir-se recompensado sem o esforço tradicional requerido pelos jogos do gênero. Soldner  X2 tem um esquema adaptável de dificuldade: de acordo com seu score, o desafio vai “se adequando”. Ao terminar pela primeira vez, você tem a sensação de ter bebido água, mas queria Coca-Cola com limão.

Super Stardust HD

Housemarque – PlayStation 3 (2007)

Tido como o melhor jogo dos primeiros anos da PSN, Super Stardust HD eleva o primordial Asteroids à enésima potência. Este sim é um shooter que se utiliza das qualidades dos consoles atuais visando tornar a experiência mais vibrante: os asteroides têm física, o framerate é fixo em 60 quadros por segundo, a alta resolução nos permite ver quase que o outro lado do planeta permitindo antecipar-se aos inimigos… e os controles suaves dos analógicos do PlayStation 3 deixam a nave deliciosamente nas suas mãos. Se você é um velhote que amava ou não Asteroids e possui um PS3, Super Stardust HD é uma aquisição obrigatória — para quem não pegou de graça no pacote de boas-vindas após a queda da PSN

Call Of Duty: Black Ops

Activision – PC (2010)

Pois é, amigos cósmicos, Call of Duty: Black Ops. É um grande jogo sim. O negócio é clichê: vendeu milhões, é mais um FPS militar, etc, etc… e… é isso mesmo. Eu não jogo os Call of Duty pelo multiplayer: meu interesse limita-se à campanha single player (meu tempo “FPS online” já pertence ao Halo — mais de um, para mim, representa tempo demais no gênero). E ela é sensacional, para quem gosta de um “bom cineminha americano jogável”. Não, sério: é um estouro. E, como não estamos falando de FMV de SEGA CD ou de 3DO, dar os tirinhos e cumprir as missões é diversão rápida e eficiente. Rápida mesmo: as campanhas destes jogos são sempre curtas, por conta da ênfase no multiplayer.

The Legend Of Zelda: Ocarina Of Time

Nintendo – Nintendo 64 (1998)

No ano do lançamento cheio de estardalhaço do 3DS, fiz questão de jogar seu app killer… em sua forma original: no Nintendo 64, com o seu controle enorme e suas texturas borradas; seu aspecto 4:3 datado; o framerate atingindo 15 quadros por segundo, com frequência. Pois é, amigos… o que falar sobre Ocarina Of Time? A conclusão de que os japoneses da Nintendo, liderados pelo mais famoso deles (precisa nome?) trazem até hoje a magia de Donkey Kong para seus títulos. Por isso o Skyward Sword deve ser realmente uma coisa sensacional, porque é feita com este histórico mágico por trás. Adorei quando li o Miyamoto comentar, em alguma entrevista por aí: “É, tem um pessoal da Nintendo que tenta manter a cronologia, a coerência entre os Legend Of Zelda; eu não me preocupo com história não, meu negócio é a mecânica de gameplay”. Meu herói.

The Elder Scrolls V: Skyrim

Bethesda Softworks – PC (2011)

Para muitos fãs de RPG eletrônico, há uma espécie de “ano de Copa do Mundo”. O ano atual é um destes anos especiais, esperados. Em um intervalo aproximado de 5 anos, a Bethesda Softworks lança um jogo da série The Elder Scrolls. “Os Pergaminhos dos Sábios”. Este título, sozinho, já é altamente inspirador para qualquer gamer com espírito de aventura. Quem são estes sábios? O que encontrarei escrito nestes pergaminhos? Estas perguntas são relevantes ao jogo? Você decide. É… você decide MESMO. “Ah, eu sei, Eric, nesses jogos tem um monte de sidequest pra fazer não é? Ah, eu já vi isso!”. Ah… não viu MESMO.

Experimenta andar pelo mundo de qualquer Elder Scrolls e ser engolido pelo ambiente. Junte artistas gráficos geniais — Oblivion, em 2006, simplesmente me fez olhar para a tela, sozinho em casa e dizer “meu Deus, isso aqui são os RPGs 2D onde imaginávamos os cenários a partir da visão superior… caramba, só que agora não estou imaginando: estou VENDO a vila, estou VENDO o estábulo. Estou VENDO, MANIPULANDO e — pasmem — LENDO um livro em cima de uma mesa velha, de madeira, dentro de um casebre. E o texto deste livro, é — sim — cativante! E, mesmo com todo este “realismo”, continuo com aquela liberdade de poder entrar na casa de todo mundo quando quiser, posso subir em cima da mesa, posso falar com alguém que está dormindo — tudo como nos antigos RPGs! Não há nada igual aos role-playing da Bethesda, nem no Japão.

Não se apresse para jogar Skyrim. Ou Oblivion. Ou Morrowind, ou Daggerfall ou Arena. Quando jogar, saborei cada momento de qualquer um deles. Não se iluda com os “Game Of The Year” que eles sempre ganham. Não jogue por isso. Jogue para você. Mas cuidado: se não tem experiência com drogas… esta pode ser a primeira.

Todo gamer é fã de Shigeru Miyamoto. Ok, claro. Pessoalmente, sou também um grande fã também do Yu Suzuki, da SEGA, pela sua versatilidade. Mas, agora, o trio está completo: se tiverem um tempinho, procurem pelo Todd Howard, diretor destes jogos da Bethesda. Em 1994, ele era o estagiário que fazia o mais rápido speedrun do primeiro Elder Scrolls, ainda no MS-DOS. Hoje, ele meio que representa a empresa na mídia, e seu histórico de respeito é a garantia de que ele é o cara para isso. Direto e simples quando entrevistado, ele fala como alguém que não dá aquela impressão de “viajar tanto”, parece ter os pés no chão quanto ao desenvolvimento dos seus jogos. Ironicamente, dos jogos que mais me fazem viajar…

Só para constar, eu poderia escrever mais e mais sobre Skyrim mas, então, levei uma flechada no joelho…

Euler

Dead Nation

Housemarque – PS3 (2010)

Para a galera retrogamer que curtia Ikari Warriors ou Commando, esse jogo é para vocês! Um shooter em 3ª pessoa, visto de cima, bem do alto, com gráficos caprichados, armas bacanas, bons efeitos de sombra, luz e muitos — mas muitos zumbis para matarmos! Adicionalmente, fãs da série norte-americana The Walking Dead vão adorar a possibilidade de criar estratégias para lidar com ordas de mortos-vivos! E o melhor:  ganhei este título de graça no pacote de “Welcome Back” da PSN!

DeathSpank – Thongs Of Virtue

Electronic Arts – PS3 (2010)

Qual seria o resultado ao bater num liquidificador Diablo, mais uma colher de sopa do The Secret of Monkey Island? DeathSpank! Um inusitado mix de ação com RPG e muito humor, ajudamos nosso destemido herói a encontrar as 6 místicas “Thongs of Virtue“. Dezenas de sidequests garantem diversão por um bom tempo. Este título foi uma grata surpresa para mim!

Mario

Dr. Mario

Nintendo – NES (1990)

Sabe quando você para num jogo e não consegue mais jogar outro? Curiosamente isso aconteceu este ano comigo em relação ao Dr. Mario. Apesar da trilha sonora irritante, eu quis relembrar um dos games da minha infância e descobri que (como era de se esperar) evolui bastante (yes!). Acho que fiquei um mês inteiro sem jogar outro jogo. Tirando o lance da trilha, até que é um passatempo simpático, com um “quê” de Tetris. E eu também simpatizo com spin-offs.

ESP Ra. De.

Cave – Arcade (1998)

O autêntico bullet hell dos anos 90. Como nunca vi uma máquina destas aqui no Brasil, apelei para o bom e velho MAME. Quem curte shmup com chuva de balas vai gostar deste título desenvolvido pela Cave, que manja muito bem do assunto. Joguei bastante no início do ano, quando achei um pack de jogos de nave para o MAME. Bullet hell por parte dos vilões, rajadas por parte dos heróis.

God Of War

Sony – PlayStation 2 (2005)

A primeira aventura de Kratos está na lista dos jogos que me fizeram babar de primeira, assim como Double Dragon, R-Type, Prince of Persia e outros “abridores de caminhos”. Trilha envolvente, boa diversão e, além disso, é ótimo você comandar um protagonista que potencialmente pode dar porrada em qualquer um. Recomendado para aliviar o estresse.

Guardic

Compile – MSX (1986)

Excelente shmup, como praticamente todos os jogos que a japonesa Compile lançou para o MSX. Joguei muito o Guardic no mês de junho, mais ou menos na época em que fiz a cobertura do MSXRio’2011. Esse game tem atributos muito equilibrados: jogabilidade, originalidade, trilha sonora, gráficos e desafio. Na minha opinião, é uma obra-prima do MSX 1, tanto que estou namorando no eBay um cartucho original dele, mas o preço ainda está salgadinho pelo fato de ser raro.

FAKEPIX

Batman: Arkham City

Rocksteady Studios – Xbox 360 (2011)

O maior mérito do game não está só na jogabilidade variada, formada pelo melhor sistema de luta corpo a corpo que já vi num game, nem na sensação de “limpar” as ruas de Gotham City ou mesmo na voz de Mark Hammil na melhor forma dando vida ao Coringa. Mas em poder dizer “Eu sou o BATMAN!”

Gemini Rue

Wadjet Eye Games – PC (2011)

Um adventure independente que remete aos melhores point-and-click da década de 90. Situado num futuro distópico no melhor estilo Blade Runner, puzzles para rodar as engrenagens da mente e até mesmo uns tiros em momentos rápidos de ação compõem Gemini Rue.

Dancovich

H.E.R.O.

Activision – Atari 2600 (1984)

Pois é, um jogo de Atari figurando entre os jogos de 2011. Não conhecia este apesar de ter possuído Atari — porém, meus cartuchos eram mais no “estilo Dactar”, onde os jogos tinham nomes genéricos ou vinham em pacotes de “32 em 1”. Era comum nem saber o nome de que estava jogando. H.E.R.O. foi o Eric quem me mostrou, fiquei fascinado. Ainda não “terminei” — pois até que tem um final, uma vez que são 20 fases onde as últimas 5 se repetem (chamadas de “Level Pro”) até zerar a pontuação. Recomendo muito para quem é fã de jogos simples com muita ação. O gameplay é no ponto e o jogo não enjoa, realmente foi uma pena não tê-lo na época pois teria viciado na hora.

Bioshock

2k Games – Xbox 360 (2007)

Quem diz que os FPS são todos cópias um dos outros sempre costuma colocar Bioshock como a “exceção da regra”. Esse foi engraçado: comprei numa promoção a R$ 60 (em se tratando de Xbox 360 é praticamente dado) e acabei ganhando de aniversário na mesma semana e fiquei com 2, o que resultou no terceiro jogo dessa lista, mas vamos por partes.

Este jogo é uma pérola, poucas vezes se vê um FPS com boa história, bom gameplay de ação e aberto para progressão de personagens. O jogo começa bem difícil mesmo, lembro que meu primeiro combate com um Big Daddy foi frustração interminável e controles na parede. Com o tempo, seu personagem fica mais poderoso, um outro aspecto bem bacana de realmente sentir suas decisões de progressão afetando seu desempenho. Recomendo a qualquer maluco que ainda não tenha jogado.

SoulCalibur IV

Namco – Xbox 360 (2008)

Quando ganhei a segunda cópia de Bioshock, troquei um deles imediatamente por SoulCalibur IV. SSmpre fui fã da série Soul Something (o primeiro da série era Soul Edge, sei lá porque mudaram…) mas não sou necessariamente fã de fighting games de jogabilidade 3D: jogo SC por gostar da ambientação, da atmosfera; mas nunca fico bom nele. Minha maior decepção neste título foi o suporte a multiplayer online. Na época, não haviam inventado um jeito de ter um jogo de luta online. Devido aos tempos precisos necessários ao gênero, o mínimo lag atrapalha tudo e aqui essa deficiência veio “de com força”, deixando a experiência bem ruinzinha mesmo. Uma pena.

Super Street Fighter 4 / Arcade Edition

Capcom – Xbox 360 (2010)

Street Fighter sempre foi minha droga, acho que se tiver um “O Que Joguei Em” todo ano, vai ter um Street Fighter lá, sempre. O primeiro Street Fighter IV (sem Super) não aproveitei muito — o online era fraco para não americanos tornando difícil achar uma boa partida. Mas, neste novo título, criaram um filtro por região e jogos entre brasileiros são fáceis de achar e são MUITO sólidos, praticamente como estar jogando com um amigo na sala. O Arcade Edition só veio para colocar a cereja no bolo, com rebalanceamento dos personagens e o Oni, que parece Goku em Super Sayadjin 4.

Fallout New Vegas

Bethesda Softworks – Xbox 360 (2010)

Um jogo muito semelhante ao anterior — Fallout 3 — e ao mesmo tempo totalmente diferente. Fiquei muito feliz quando reduziram drasticamente o número de dungeons: adoro em jogos medievais mas, não sei o motivo, em Fallout 3 eu sempre corria para terminá-las rapidamente, a experiência não me agradava. A história do seu personagem é mais fraca desta vez, mas o mundo está mais rico, com suas diversas facções e NPCs mais interessantes. Agora que ele deu uma sossegada na maré de bugs da época do lançamento, recomendo muito quem ainda não pegou.

The Elder Scrolls V: Skyrim

Bethesda Softworks – PC (2011)

Estou hipnotizado, viciado, minha vida social já era. Normalmente os jogos lançados me deixam bem satisfeitos com a experiência mas a expectativa que crio é muito maior que o jogo vale —  já me acostumei e até ignoro isso quando pego uma novidade. Mas Skyrim é uma feliz exceção a esta regra. O Eric já escreveu sobre este jogo então irei apenas relatar minha experiência com ele.

Fazia tempo que não ficava tão imerso em um mundo de maneira tão arrebatadora — quero dizer MUITO tempo. Acho que o maior exemplo disso foi ao subir um pico para cumprir uma quest quando me deparo com um Ice Troll — a espécie de troll mais forte do jogo e um inimigo formidável. O resultado da batalha foi um enorme gasto de poções e itens de minha parte e a morte de minha companheira de batalha. Neste ponto, é normal o jogador voltar o save. Mas, eu estava tão imerso que fiquei realmente triste pela morte da companheira, a ponto de arrastar seu corpo para um lugar mais digno (infelizmente não é possível cavar em Skyrim) e simular um “enterro”, para, só então, seguir a jornada sozinho. Demorei bastante até conseguir outro companheiro de batalhas, talvez por demorar a aceitar a perda de minha amiga virtual, vai saber.

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Blogs Participantes do Meme

“O Que Você Jogou Em 2011”

 

Dia Da Árvore 2011

Hoje, dia 21 de setembro, comemora-se no Brasil o Dia da Árvore. E, para celebrar a data, pensei em seguir a mesma linha daquele post sobre a Medusa, só que, dessa vez, listando games memoráveis ou desconhecidos onde a árvore (ou partes dela) tem um papel importante: seja no cenário, como item ou até mesmo como chefe de fase (evitei aqui os jogos de RPG, senão a lista seria infinita).

E antes que alguém pense que este é um post forçado, encare de outra forma: nos dias de hoje, consciência ambiental é fundamental, e todo retrogamer (e new gamer) que se preze, amantes de parafernálias tecnológicas, se preocupa com o meio ambiente. É uma boa defesa, não? (risos). Além do mais, qual retrogamer não gosta de recordar bons jogos? Então vamos nessa. Ah, e árvore, parabéns! Obrigado pelo oxigênio, pela sombra, e espero que encontremos cada vez mais formas de preservá-la.

Frogger (1981)
Plataformas: Arcade, Atari 2600 e outras

Ao lado de Pac-Man, Pitfall e Yars’ Revenge, Frogger foi um dos primeiros jogos que tive no Atari. Acho difícil um retrogamer não lembrar do sapinho que precisava atravessar uma avenida e um riacho, se esquivando de veículos e usando toras de árvore e cascos de tartarugas como pontes. As toras talvez sejam os elementos mais memoráveis desse jogo, depois do próprio sapinho, e por isso ele figura aqui na lista. Engraçado que eu lembro de me sentir mais seguro pegando carona nos troncos, em vez dos cascos, talvez por ser uma linha reta. Curiosamente, soube só há pouco tempo que a versão arcade, ou seja, a original, foi criada em parceria entre a Sega e a Konami. Legal, hein?

Magical Tree / Árvore Mágica (1985)
Plataforma: MSX

O nome já demonstra que aqui a árvore tem papel importante. Nesse game, você está na pele de um pequeno índio que deve escalar a Árvore Mágica, uma árvore tão alta que passa por nuvens. Entre os desafios (além do fato de escalar) estão corujas e raios (que saem de nuvens com caras de mal). Esse jogo me garantiu horas de diversão. Outra coisa que não posso deixar de mencionar é que a música do gameplay do Magical Tree está na lista das trilhas sonoras que até hoje sei assobiar (mentalmente, claro. Não fico por aí assobiando game musics assim sem cobrar nada). Se você não conheceu Magical Tree ou quer relembrar o jogo, aconselho fortemente ler esta resenha do nosso prezado amigo Gagá. Está tudo lá e não preciso dizer mais nada. Até os comentários da galera são bons. Mas termina de ler o post aqui antes, né?

The Legend of Kage (1985)
Plataforma: Arcade, NES

Não me pergunte por qual motivo, mas eu não tinha coragem de jogar esse jogo nos fliperamas. Simplesmente o achava difícil só de olhar, e sempre tinha um marmanjo jogando. E o jogo não é assim nada demais. Tem outros da mesma época que talvez sejam mais difíceis e eu jogava, como Ghost’n Goblins, Black Dragon, Double Dragon e Tiger Road. Enfim, em Legend of Kage você assume o papel de Kage (que significa Sombra), um jovem ninja que passa por vários cenários e desafios para resgatar a princesa Kiri, que está nas mãos dos vilões Yuki e Yoshi. O jogo já começa em uma densa floresta, na qual você pode escalar árvores e inclusive travar duelos aéreos com ninjas do mal. As armas do herói são shurikens e uma espada curta (capaz de rebater shurikens inimigos). O lance de escalar árvores era bem utilizado, por isso ficou marcado. Pensou em The Legend of Kage, pensou em florestas e em saltos pelas árvores. Quando eu olhava pra tela do jogo em um fliperama, sempre tinham árvores. Duas décadas depois, esse jogo ganhou uma sequência para o Nintendo DS, The Legend of Kage 2, e manteve os mesmos elementos, inclusive muitas árvores, o que mostra que é uma característica da franquia.

Fantasy Zone II (1987)
Plataformas: Master System

Enquanto alguns ignoravam este game devido ao seu visual fofinho, o encarei como um side scrolling shooter bem desafiante. Fantasy Zone II certamente foi um dos jogos que mais dominei. Isso, claro, depois de adquirir o Rapid Fire, o tal adaptador para joystick que habilitava repetição automática dos botões. Na TV, chegou a passar comerciais da Tec Toy sobre o Rapid Fire, e o jogo que usavam como exemplo era justamente o Fantasy Zone II. Quando vi, pensei “é disso que preciso”, e foi assim que passei a zerar o jogo inúmeras vezes. O primeiro chefe de fase é uma árvore cíclope. O carismático personagem Opa-Opa deve desviar-se de toras menores que ficam flutuando e vindo na sua direção, bem no estilo Frogger. O jogo foi portado para outras plataformas, como MSX e NES, mas o original do Master System é emblemático, com excelente jogabilidade.

Castle of Illusion (1990)
Plataformas: Mega Drive, Master System

A aventura do Mickey Mouse para o Mega Drive foi um dos jogos que mais conquistaram os fãs da plataforma, por muitos motivos: jogabilidade, gráficos, trilha sonora, desafio, humor… tudo de primeira linha. Quem não se lembra do estágio na fábrica de brinquedos, ou do estágio das sobremesas? Pois bem, o jogo do rato mais famoso do planeta figura na lista porque o chefe da primeira fase, que, por sinal, se passa numa floresta, é uma árvore gigante e mal intencionada. O rosto da árvore se desprende e vira um tronco que rola na direção do Mickey.

The Way of the Tiger (1986)
Plataformas: ZX Spectrum, MSX

Um jogo um tanto quanto raro – e um dos inúmeros games de ninja que existiam no MSX. Em The Way of the Tiger você faz treinamento ninja sem armas, com espadas ou com bastões. Eu tinha esse jogo no MSX, na época das fitas cassetes ainda. Por ser um port do ZX Spectrum, o gráfico não era nada atraente, mas joguinhos de luta eram sempre bem-vindos na minha infância. Uma das cenas clássicas deste título é a luta de bastões em cima de um tronco que cruzava um córrego fazendo papel de ponte. Você precisava derrubar seu oponente acertando-o em lugares estratégicos, ora golpeando a cabeça, ora golpeando as pernas. Podia arriscar dar pulos para se esquivar dos golpes, mas numa dessas você poderia escorregar no tronco e cair no riacho. Aí era fim de combate.

Pitfall (1982)
Plataformas: Atari 2600

Sim! Pitfall, um dos games que mais inspiram as páginas e vídeos do Cosmic Effect, não poderia ficar de fora. Certamente nosso querido mascote Harry ficou feliz por esta lembrança. Pensou em Pitfall, pensou em florestas, árvores, cipós e troncos rolando. Esse jogo foi um dos responsáveis por chamar a minha atenção para cenários de games. A propósito, quando eu era pequeno, meu pai comprou esse jogo com o nome de Pantanal (seguindo a tradição daquelas brilhantes traduções de títulos do Atari e do Odissey).

Double Dragon I e II (1987 e 1988)
Plataformas: Arcade e diversas outras

Poderia ficar horas falando sobre Double Dragon, que é o meu jogo do coração e um dos mais brilhantes dos arcades nos anos 80. A música e os detalhes do cenário foram só alguns dos elementos que me deixaram louco. Anteriormente mencionei que nunca joguei The Legend of Kage nos fliperamas por achar difícil. Engraçado que quando conheci o Double Dragon, também tive medo de jogar, mas fiquei tão deslumbrado, que fui comprando fichas e treinando, até me tornar um verdadeiro mestre. Zerava Double Dragon sem perder vidas. A terceira fase do Double Dragon é clássica e se passa em uma floresta, com direito a árvores cortadas. Já na sequência, Double Dragon II, uma tora de árvore torna-se um dos objetos que podemos pegar para arremessar nos inimigos. Pequenos detalhes que a gente não esquece.

World Games / Jogos Mundiais (1987)
Plataformas: Amiga, Amstrad CPC, Apple II, Apple IIgs, Atari ST, Commodore 64, NES, DOS, SEGA Master System, Wii, ZX Spectrum

World Games (Jogos Mundiais) é um curioso conjunto aleatório de jogos que fazem sucesso em vários cantos do mundo. São 10 modalidades que vão desde Salto com varas e Sumô, até Esqui e Salto sobre barris. E uma das modalidades é a de rolar em cima de um tronco sobre a água (log rolling) a fim de derrubar seu oponente (vide screenshot). O esporte não é conhecido por aqui, mas já assisti pela ESPN uma vez, quando a emissora transmitiu uma competição mundial de lenhadores (ou coisa do tipo). As dez modalidades do World Games são: Salto sobre barris (Barrel jumping), Montaria em touro (Bull riding); Cabo de guerra (Caber toss); Salto de penhasco (Cliff diving); Rolamento no tronco (Log rolling); Salto de plataforma (Platform diving); Salto com varas (Pole vault); Esqui (Skiing); Sumô (Sumo wrestling) e Levantamento de peso (Weightlifting). Outra curiosidade é que o game foi lançado para uma penca de plataformas, como mostra acima. Só o conheci no MSX.

Mortal Kombat II (1993)
Plataformas: Arcade e outras

Lembro ainda hoje da primeira vez que vi o MKII. Foi numa loja de fliperamas não muito longe da minha casa. E uma coisa que me vem à cabeça quando alguém fala nesse game é o cenário onde aparecem árvores com faces medonhas e que ficavam fazendo cara feia enquanto lutávamos. Nos consoles esse cenário não me chamou tanto a atenção, mas na época, na versão arcade, me pareceu muito bem feito.

É isso. Tenho uma leve impressão que por dentro as árvores da vida real estão tão furiosas quanto essas do Mortal Kombat II, quase que odiando os seres humanos com seus hábitos devastadores. Enfim: valorize a natureza, valorize o que já estava aqui bem antes de nós. E se lembrarem de mais games onde árvores sejam protagonistas ou importantes coadjuvantes, por favor, compartilhe conosco nos comentários! Até a próxima. o/

Arte adicional por Andrey Santos

* * *

Lakers Versus Celtics And The NBA Playoffs (MD)

Por Euler Vicente

Além dos videogames, a outra paixão pessoal que alimento bastante é o basquete. Mais precisamente, a NBA – a famosa liga profissional dos EUA. Acompanho desde a década de 80 pela TV e sempre fiquei admirado com a plasticidade das jogadas de atletas como Michael Jordan, Larry Bird, Charles Barkley e Magic Johnson realizavam. Graças a este último, logo adotei o Lakers como time de coração e o basquete como esporte que iria praticar pelo resto da vida, apesar de não ser um jogador tão bom assim (risos).

Antes do retrogaming

Peço licença aos amigos leitores do Cosmic Effect para compartilhar a realização de um dos meus maiores sonhos: assistir um jogo da NBA ao vivo! O sentimento de satisfação pessoal foi indescritível, foi aquela sensação de sonho de infância… realizado! No momento em que entrei no Madson Square Garden, em Nova York (uau!), sentei na minha poltrona, pensei: “Caramba! Estou aqui mesmo?!”

A paixão pelo esporte de gente alta nasceu de verdade enquanto ainda vivia no interior da Bahia.  Assistindo a extinta TV Manchete em algum lugar do passado, foi exibido um filme sobre um time de basquete que teve seu navio naufragado enquanto viajava. Foram parar numa ilha deserta, mas o treinador não deu trégua: convocou os jogadores para treinarem basquete, lá mesmo. Cocos como bolas, bambus e coqueiros formando a quadra improvisada: era o suficiente para mil malabarismos, enterradas, passes incríveis olhando para o outro lado e muito mais! “The Harlem Globetrotters On Gilligan’s Island” foi um filme de 1981 produzido para televisão e que apresentou integrantes do famoso time de exibição Harlem Globetrotters no elenco.

Foi amor à primeira vista! Muito divertido esse tal de basquete e esses jogadores do Harlem são muito engraçados. Tinha sido cativado neste dia…  Ainda vou assistir um espetáculo deles ao vivo.

Conecte as coisas, Euler, conecte as coisas…

Estamos aqui para falar de basquete ou sobre games? É que, neste caso específico, ambos estão fortemente conectados, como irão perceber durante a leitura.

Já em Salvador, por volta de 1991, um colega de escola viajou pros EUA e trouxe um Sega Genesis com Last Battle, Shadow Dancer e o lançamento do momento, um tal de Sonic The Hedgehog. Fui até a casa dele e o primeiro cartucho a adentrar o slot do Mega Drive americano foi Sonic. Depois do usual êxtase e gritaria “que jogo lindo” e “que música maravilhosa”, trocamos para o incrível Shadow Dancer, terminando pelo decepcionante Last Battle. Mas, o melhor mesmo ainda estava por vir: havia um quarto cartucho, emprestado.

Era da Electronic Arts, maior que os outros, destaque amarelo ao lado… chamou a atenção à primeira vista. “Lakers Versus Celtics” ao lado da logomarca oficial da NBA… “coloca isso aí, agora!”.

Logo de cara os gráficos me chamaram a atenção. Nossa! Muito bem feito! A animação dos jogadores era realista e detalhada – era possível reconhecê-los pela aparência e jogadas. O James Worthy usava aqueles óculos engraçados, o Michael Jordan dava o Air Reverse idêntico à jogada mítica que fez contra o Atlanta Hawks. O Barkley dava a enterrada do gorila! Até o detalhe da barba do Vlad Divac era visível. E, no intervalo, um comentarista falava algo sobre a partida e ainda mostrava o replay das melhores jogadas. Uau!

Deste dia em diante, comecei a famosa campanha: “Pai, Me Compra Um Mega Drive”. No aniversário daquele ano, a campanha terminava com um belo Mega Drive japonês. E o primeiro cartucho o amigo leitor já sabe qual foi.  A paixão pelo basquete me fez deixar de lado o MSX e voltar aos consoles (antes do MD, só o Odyssey) graças a este título da EA, motivo da escolha pela SEGA nos 16-bit :)

Um jogo de basquete muito acima da média

Antes de Lakers Versus Celtics, provavelmente todos os jogos de basquete eram medíocres. O Atari e o Odyssey apresentavam títulos que, mesmo levando em conta o hardware simples, deixavam a desejar. O MSX, com seu formidável acervo, não trouxe nenhum do gênero que empolgasse. O Fernan Martin Basket era só “bem mais ou menos”.

Já no Mega Drive, a boa impressão vem desde a tela de abertura: uma música muito bem produzida dá o cartão de boas vindas ao jogador (Nota do Cosmonal: a trilha é do genial Rob Hubbard, mesmo de Road Rash, The Immortal, Desert Strike e diversos outros sucessos da EA no Mega Drive). Ao iniciarmos, temos as usuais opções de partida amistosa ou disputar uma temporada inteira. Há também opções de escolha de dificuldade, duração do jogo e outros ajustes relevantes.

Tema de Abertura de Lakers Versus Celtics And The NBA Playoffs
(por Rob Hubbard)

A variedade de times que pode ser escolhida atende muito bem e proporciona um ótimo fator replay. Podemos escolher quaisquer dos semi-finalistas dos playoffs da NBA da temporada 1989-90, além dos times do All-Star, tudo separado pelas respectivas conferências (leste e oeste).

A atenção aos detalhes impressionava na época. Como dito, a caracterização dos jogadores é tão boa que nos permite reconhecer cada jogador sem olhar os números da camisa. Até mesmo os jogadores reserva das equipes estão lá, perfeitamente caracterizados.

As estatísticas dos jogadores são reais e influenciam no desempenho dos jogadores. Um jogador como o Larry Bird, que tem mais de 90% de aproveitamento nos lances livres, acertará mais arremessos daquele tipo do que um jogador com menor percentual.

Fora da quadra, o treinador do time comemorava um boa jogava ou reclamava de uma cesta perdida. As regras do esporte são respeitadas, com um juiz ativo, apitando qualquer irregularidade.

Realmente o jogo proporcionou um salto de qualidade nas produções para videogame deste esporte e pode ser considerada, sem sombra de dúvidas, a fonte inspiradora para as super-produções atuais, como o grandioso NBA 2K11.

O clímax da minha história com Lakers Versus Celtics do Mega Drive

Joguei muito Lakers Versus Celtics. Foi, de longe, o cartucho mais jogado no Mega Drive, mesmo porque foi o único por um bom tempo. Ganhava fácil do computador, chegando a fazer mais de 300 pontos numa única partida. Era uma pena que esse tipo de jogo não dispunha de um score, muito menos um leaderboards online, para que eu pudesse medir meu nível em relação aos outros jogadores da época. Realmente não fazia ideia se eu era um bom jogador: não haviam referências.

Mas, eu tive uma oportunidade de testar minhas habilidades.

Certa vez, numa visita ao Eric, ele estava com um cartucho do Lakers Versus Celtics, talvez o meu próprio emprestado – não lembro exatamente. Estávamos jogando outros jogos até que ele me intimou: “vamos jogar uma partidinha de Lakers vs Celtics?”

Sabem aqueles filmes de faroeste em que sempre há um momento onde o pistoleiro desafia o outro para um duelo ao meio-dia? Foi mais ou menos assim o desafio que o Eric me fez (risos).

Desafio aceito, cartucho inserido no console. Eric, muito sacana (risos), escolhe logo o Lakers, que era o melhor time – e o que eu sempre jogava.

Não poderia haver cenário mais desfavorável: meu oponente era o melhor jogador de Mega Drive da Bahia, jogando em casa (isso faz diferença em videogame?), jogando justamente com o melhor time do jogo – e o que eu era acostumado a jogar. Pronto, me lasquei…

Mas eu tinha um vantagem sobre Eric: conhecia muito mais NBA que ele. Praticamente todos os jogadores, times, suas virtudes e fraquezas – tinha tudo de cor. Vou escolher o Boston Celtics! O Larry Bird é o maior arremessador da história, o Kevin McHale e o Robert Parish são umas das melhores duplas de garrafão da NBA. Vou explorá-los à exaustão! Talvez assim eu tenha uma chance.

A partida foi muito disputada. Nos alternamos na liderança do placar, por diversas vezes. A disputa mais difícil que já tive e, tive a impressão que para o Eric também, pelos palavrões que saíram involuntariamente de sua boca (risos). No final, vitória do Boston Celtics e um grande suspiro de alívio de minha parte. Havia vencido a peleja!

Eric, por sua vez, não comentou nada, mas sei que não se esquece desse dia…

Nessa viagem que eu fiz aos EUA, comprei uma camisa da NBA para mim: a número 33 de Larry Bird do Boston Celtics (risos)!

SCORE

GAMEPLAY: Um perfeita transposição de uma partida de basquete 5/5
GRÁFICOS:
Nível de detalhes absurdos para a época. Cada jogador estava corretamente caracterizado 5/5
SOM:
Apresenta todos os sons esperados de uma partida de basquete. O juiz fala suas marcações com uma voz digitalizada 3/5
TRILHA SONORA:
Por incrível que pareça para um jogo de esporte dessa época, a trilha sonora é excelente. A música da abertura gruda na cabeça e até mesmo durante a partida, a música não cansa 4/5
DIFICULDADE:
Era muito fácil ganhar do console. Quando se aprende a manha de roubar a bola, as partidas podem se tornar entediantes. Desafio mesmo só jogando com um oponente à altura 2/5

DADOS

NOME: Lakers Versus Celtics And The NBA Playoffs
PLATAFORMA: Mega Drive
DESENVOLVEDORA: Electronic Arts
ANO: 1991
DISPONÍVEL TAMBÉM: PC (MS-DOS, 1989)

* * *

A Trilha Sonora No PC Speaker: The Secret Of Monkey Island

Amigos, o IBM-PC foi responsável por fortes emoções nas vidas de muitos retrogamers. Eu mesmo fui um dos que até abandonou os consoles por um tempo, após ganhar um 386 em 1994, de tão seduzido que estava pela trinca IBM, Microsoft e Intel. Antes disso, costumava jogar na casa de dois amigos distintos, em seus 286 poderosíssimos. Um deles possuía apenas monitor CGA de fósforo verde. Prince of Persia era incrível, mas… a ausência de cores era um “turn-off”. Já o outro amigo… possuía um incrível monitor VGA, que exibia absurdos 640 x 480 pixels, além das cores – que não eram poucas.

Mais incrível do que a resolução, era a nitidez daqueles pixels na tela. A conexão padrão dos IBM-PC era a chamada RGB, que era algo a frente do tempo em qualidade. Para se ter uma idéia, é tão boa quanto a recém-chegada (e já em processo de abandono…) conexão Video Componente, presente nas TVs de LCD atuais. Pois, quem jogava em PC já gozava dessa nitidez desde a década de 80. Sabe essa moda de imagem com pixels estourados? A gente só via os pixels desse jeitinho nos monitores super-nítidos dos PCs – os videogames ganhavam um “anti-aliasing* gratuito” por conta da TV de CRT, que adorava borrar as imagens.

Placa de som era artigo de luxo nos computadores que rodavam MS-DOS. Era engraçado: jogos incríveis graficamente, como Wolfenstein 3D,  com sons muito mais rudimentares que os do Atari 2600, por exemplo – um contra-senso. E olha que eu tive a sorte de ver Wolf 3D logo na primeira vez num monitor VGA, o que só aumentava o “absurdo” que aqueles sons representavam.

Outro exemplo chocante: Wing Commander. Uma super-produção, um negócio que a gente nunca sonharia ver num videogame, ou mesmo no arcade. A abertura apresentava cenas animadas que pareciam ter saído de um Star Wars. Já dentro do cockpit da nave, o jogo começa e… o som do tiro… era mais simples que o de Defender do Atari. A estranheza sonora do IBM-PC ia além: praticamente todos os outros micro-computadores da época tinham sintetizadores de som excelentes. Porém, o mais poderoso dentre todos era o PC: mais memória, processador muito mais rápido, processamento de vídeo superior. Mas o som… uma lástima. E as placas eram caras – já era difícil ter um clone do IBM-PC no Brasil, quanto mais um acessório que custava até 300 dólares.

O tempo passou. Em meados dos anos 90, os “bons” PCs eram comprados com um “Kit Multimídia” no pacote. Os leitores do Cosmic Effect devem lembrar: a Creative Labs colocava numa caixa enorme e vistosa um drive de CD-ROM, vários CDs (e disquetes também) com conteúdo “multimídia”, além de alguns ótimos jogos e… uma placa de som! Agora sim, a diversão estava completa. Como sempre, o PC é a plataforma da flexibilidade: haviam placas de som para todos os gostos e bolsos, desde os tempos mais remotos.

Até expandir a memória da placa de som era possível – eu mesmo tenho até hoje uma SoundBlaster AWE32 com 32 MB de RAM, memória essa comprada meses após adquirir a placa. Era possível utilizar mais de uma placa no mesmo micro, ou até mesmo configurar a música do jogo para ser tocada por um… teclado! Utilizando as conexões MIDI que acompanhavam 90% das placas de som, quem tinha um teclado musical com portas MIDI poderia utilizar seu banco de som para ser controlado pelo jogo.

Os efeitos sonoros continuavam gerados pela placa de som – somente a trilha sonora era executada pelo instrumento MIDI. Era fantástico, porque dependendo da qualidade do teclado, as músicas ficavam ótimas. Eu possuía um teclado mediano, porém muito superior ao chip de música das placas de som típicas de PC – o chamado “padrão SoundBlaster/Adlib”. Lembro como hoje da surpresa que foi escutar a abertura de X-Wing, jogo inesquecível da LucasArts do universo de Star Wars, com o tema de John Williams sendo executado pelo meu teclado. Os efeitos sonoros eram digitalizados do filme, completando a experiência. Na prática, a possibilidade de conectar um instrumento musical no PC era restrita a, naturalmente, músicos que possuíam computadores.

Porém, existiam módulos de timbres que podiam ser adquiridos para compor este setup. Estes módulos nada mais eram do que “teclados sem as teclas”, ou seja: os sons dos instrumentos estavam lá para serem acessados de alguma maneira. Uma delas… era pelos jogos de MS-DOS! Mas aí o negócio é bem restrito, esses módulos eram caros demais, coisa de entusiasta endinheirado. Quem reclama, hoje em dia, que jogar em PC é caro, é porque não conhece o histórico da plataforma…. o negócio nunca foi diferente.

Nos anos 2000, a placa de som integrou-se à placa-mãe. Ninguém mais tinha computador sem som, sem música. Acabou a confusão sonora. Os jogos deixaram de usar o padrão MIDI, passando a soar rigosamente igual em qualquer PC. E, finalmente, chegamos à época atual, onde os velhos jogadores passaram a apreciar e cultivar o passado. Assim como o feijão que a mamãe faz e o filho não resiste, mesmo não sendo aquela feijoada completa de um restaurante, o som do PC Speaker marcou época e traz nostalgia.

Mas, diferentemente da moda dos chiptunes que homenageiam os chips sonoros mais flexíveis, como o do NES ou de computadores como o Commodore 64 (nota: não entendo por que não há compositores de chiptune que não utilizam sons do Master System/MSX, que falta de consideração! :P), o som do PC Speaker parece ter sido esquecido. Bem… não pelo Cosmic Effect!

Como sabemos, limitações sempre aguçaram as mentes dos programadores de jogos. Eles parecem funcionar melhor nessas situações de “aperto”. O PC Speaker é uma mera caixinha de som, nem é uma interface de som – longe disso. Foi criado para dar feedback ao usuário: ou seja, pra “bipar quando dá erro”. O som é programado pela própria CPU, que funciona como “placa de som”. Ou seja, como o PC Speaker é só uma caixa de som, qualquer som que a CPU gerar, tá valendo – vai sair na caixinha interna do PC. Só que, para isso acontecer de maneira “satisfatória”, o processador precisaria trabalhar dedicado demasiadamente a aquela tarefa.

Sabe quando o NES ou o Master System congelavam quando precisavam gerar um som digitalizado, como um grito? Aconteceria o mesmo se o PC quisesse tocar uma musiquinha mais elaborada pelo PC Speaker. Então, na prática, os programadores utilizaram “sons pré-programados” que a BIOS disponibilizava. Estes sons eram beeps monofônicos e nada mais.

A LucasArts foi uma das empresas que operou milagres utilizando o beep do PC. Até mesmo a impressão de que a música era polifônica (mais de um som ao mesmo tempo) ela conseguiu. E um jogo que se beneficiou bastante do esforço destes programadores e músicos foi o nosso delicioso The Secret Of Monkey Island. O adventure mais charmoso da história começava com um tema de abertura fenomenal – MESMO no PC Speaker. Ele dava o tom de aventura, com um pouco de deboche – como o próprio jogo é. Uma obra de arte, com um único som, um único timbre. Intitulada “Deep In The Caribbean…”, foi composta por Michael Land, um dos principais compositores dos jogos LucasArts daquele tempo.

Eu tentei até gravar em fita cassete, na casa do amigo que tinha o 286, a tal música de abertura de Monkey. Sim, a versão do PC Speaker mesmo… mas não consegui fazê-lo. Alguns anos mais tarde, quando ganhei o 386, não precisava mais disso. Bastava digitar:

CD\GAMES\MONKEY [enter]
MONKEY [enter]

…e escutar, mesmo sem placa de som. Então, amigos, apresento-lhes a trilha sonora original do The Secret Of Monkey Island gravada diretamente do PC Speaker (sem emulação, gravação de um PC real!). Volte ao início dos anos 90 conosco ou, caso não conheça a trilha de Monkey no PC Speaker, aproveite e descubra mais uma fronteira que só pode ser cruzada pelo jogador de videogame: imaginar uma grande música a partir de um som tão simples e rudimentar quanto… um beep.

Trilha Sonora completa em versão PC Speaker de
The Secret Of Monkey Island (1990, LucasArts).
Composta por Michael Land.

Para comparação: trilha da versão de 1992, em CD-ROM,
com as músicas no formato digital de CD.

E, por fim, a melhor versão, em minha humilde opinião,
da “Deep In The Caribbean…”, música-tema da série,
presente no The Curse Of Monkey Island (1997).

É a realização definitiva da “imaginação sonora”
que o PC Speaker havia criado para nós…

Créditos para a gravação direta do PC Speaker são do zeitgestalten.
*Anti-Aliasing: filtro gráfico que diminui os efeitos do serrilhado.

* * *