Games Com Café 004 Parte 1 – Realismo visual é sinônimo de beleza nos videogames?

Games Com Café. Dois dos melhores prazeres da vida em um só vídeo.

Neste episódio: Realismo exacerbado é sinônimo de beleza visual nos jogos de videogame?

9 Respostas

  1. Mais um ótimo Games com Café! Fiquei assistindo e me mexendo na cadeira, com vontade de participar da conversa! hahaha.

    Gráfico e Visual, mataram! Muito legal fazer essa comparação, hoje muito se fala, principalmente, em resolução quando o assunto é trazido a tona. Vemos aos montes jogos com resoluções absurdas, mas com visual bem pobre. Vale adicionar em meio ao visual, a direção de arte. Cito sempre Halo para exemplificar isso: particularmente, não acho que os jogos da franquia Halo tenham gráficos tão fodásticos, se comparados (tecnicamente) com outros jogos. Porém, ele sai na frente, muitas vezes, em sua direção de arte. As curvas, as cores, a concepção de cenários, raças, veículos, eis aí uma combinação que, no produto final, nos enche os olhos a despeito da resolução, engine,etc.

    E porque filmes em CG em que representam humanos de forma mais realista possível soam estranhos? Hora, o ser humano existe, é o maior fator de comparação que temos à mão. Então se o olho mexer estranho, perceberemos na hora. Já em Avatar (James Cameron), porque achamos os Navi tão bem feitos? Ora, eles não existem. Da mesma forma, acredito que esse efeito positivo possa ser atingido com essa linguagem mais cartunesca, principalmente com o cell shading, em jogos como Boderlands, XIII e, até mesmo, no ótimo Dishonored. Hoje mesmo, vi um jogo no Steam chamado Wrack que me chamou atenção por ter esse visual. Resta saber agora: se trata de um conceito original, ou começaremos a ver jogos pegando a “esteira” de Boderlands?

    Parabéns Danilo, Eric e toda CFX Team!

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    • Pô, valeu Frank! Excelentes pontos que levantou e complementou. De fato, quem disse que é mais bonito de se ver, na cultura de quem joga videogame, um motion capture elaborado tecnicamente em troca da arte particular dos games? Preferimos um personagem “paradão” de Resident Evil falando sem motion capture, porém com o nosso jeitão videogame. Brigadão mister Frank!

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      • É isso aí, Eric! E o pessoal da tecnologia devia conversar mais com o pessoal da arte, pois no passado a união de técnicas como rotoscopia usada em jogos como Prince of Persia, Another World e Flashback (1993) rederam excelentes frutos mesclando arte com realismo!

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    • Sem dúvida o realismo gráfico humano nas telas causa um certo desconforto,não só porque o humano existe,como vc mesmo falou,mas porque temos movimentos muito complexos,no rosto por exemplo,é possível transmitir vários sentimentos sem uma palavra,só com o olhar.Isso é complicado ainda para máquinas reproduzirem em 100%.Tem outros fatores interessantes que ficam de lado na discussão sobre bons jogos como:Inteligência artificial dos personagens e o sistema de áudio também.Quando eu jogo NeoGeo eu percebo ali em cada santo jogo uma personalidade,algo único do sistema, no som e no gráfico(visual) também.Nenhum console se parece com NeoGeo,nenhum,ele é único,não sei explicar direito o motivo.E olhando PS3 e Xbox 360 por outro lado,são tão incríveis mas ao mesmo tempo tão parecidos.

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      • Boa, Dactar! Ótimas colocações! Falando de inteligência artificial, mais uma vez, não tem como não falar de Halo! :-) Quando mirei na cabeça daquele Elite pela primeira vez e ele deu um rolamento para o lado, se protegendo atrás de uma rocha, foi a primeira vez que “concebi” na teoria e prática o conceito de inteligência artificial nos games!

        Personalidade! Cara, o que você falou do Neo Geo, assino embaixo! Perfeito! Até mesmo algumas coisas como estilo de arte, alguns sons característicos são muito bacanas. Acho que isso também vale muito para o Mega Drive, mesmo com uma parte sonora bem inferior ao SNES, aqueles sons graves tem lá o seu charme. Outra coisa é que sempre a abertura dos jogos aparecia o SEGA bem padronizado (No SNES, lembro que isso era uma bagunça).

        Quanto aos gráficos, acho que a “culpa” foi das Engines, com elas, muitos jogos ficam muito parecidos, quando pegamos jogos com a Unreal Engine, é muito fácil saber que o jogo está usando ela, mesmo sem ninguém nos falar. Ainda assim, a Epic fez um jogo com a primeira versão dessa Engine (posso estar enganado) que, muito ironicamente, é ignorado ou desconhecido pela grande massa dos gamers. Seu nome? Oras, U-N-R-E-A-L. Isso mesmo, o jogo mais esquecido é justamente aquele que batiza a engine mais famosa. Quando muito, a galera vai se lembrar mais dos jogos que vieram depois como o ótimo Unreal Tournament, mas o Unreal original é muito bom, a narrativa dele é bem cinematográfica e até mesmo sua arte é muito bonita. Nunca o terminei na época, peguei para o Steam, mas tentei jogar e estou apanhando para ajustar controles e resolução :-(

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        • Nossa,o som do Mega é patrimônio dos games!Eu nunca tive essa treta com o som do Mega vs SNES.Sempre joguei estes consoles em TV mono,e os graves do Mega eram surpreendentes.O único momento que reclamei do som no Genesis foi com Street Fighter 2,mas também pudera,este foi o jogo(pelo menos na minha região) que mais vendeu consoles de Super Nintendo.Era “O” jogo do Super Nintendo na época.Enfim,o som do Mega tem uma marca que o Super Nintendo não tem,pra mim,claro.
          Eu não entendo de programação mas as Engines são um mal necessário.Com elas perdemos autoria,mas sem elas,fazer jogos nos níveis de exigência gráfica de hoje,teríamos que esperar horrores para sair jogos AAA.
          Essa experiência que vc falou em Halo,é exatamente o tipo de coisa que marca o jogador,grandes jogos sabem fazer isso,surpreender.
          Falou Frank!

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  2. Caramba mais um “Cafézão” pra gente curtir junto!!!O pão de queijo é por minha conta,certo?
    Danilo foi certeiro nas definições de realismo e jogos AAA,e também no conceito de “visual do jogo”.Todo tipo e estilo de game é necessário,o que não pode acontecer é focar apenas na resolução.

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  3. Opa, tomando um cafézinho aqui também depois do almoço e acompanhando o melhor bate papo gamer da internet diretamente do serviço (espero que meu chefe não seja um retrogamer)…rs
    Pessoal, ainda semana passada enviei pro Eric uma tirinha daquele “ser” que tanto nos traz alegrias e como no assunto de hoje ele é “o cara” quero deixar o link aqui também, um tirinha falando de um tal de pixel!

    http://complexogeek.com/2013/11/08/a-triste-historia-de-um-pixel/
    (galera, só vejam e fechem a página, o Eric vai me matar ficar fazendo propaganda de outros blogs por aqui…rsrs)

    Uma pena que no vídeo o Danilo já adiantou quase todos os jogos que eu iria citar.
    Dos jogos que eu joguei esse ano os que eu mais gostei visualmente e me lembro foram:

    – Fez: um jogo de 2012 e da lista o único que não joguei propriamente, mas sem dúvidas está aqui porque a beleza visual dele nos admira até hoje, algo parecido quando ví Super Mario World pela primeira vez. Uma pena o “nervosínho” ter largado a continuação, Fez 2;
    – Borderlands: um dos jogos mais legais que já joguei, personagens marcantes, uma mistura de FPS e RPG que se encaixaram de uma maneira perfeita, harmoniosa, considero o melhor FPS da atualidade. Sobre o visual? Aquele mundo criado, os desertos, montanhas, as dungeons, os automóveis, vilões épicos, diálogos e o melhor de tudo, aquele estilo de pixel art lindão de se ver e encher os olhos.
    – Limbo: atmosfera sinistra, uma beleza pelo terror, pelo desconhecido, acho um dos jogos mais bonitos de toda a sétima geração que te faz despertar a imaginação do que possa estar por detrás da próxima sombra;
    – Rayman Origins: é aquele jogo de 16 bits só que mais bonito, cheio de cores, brilho, cenários lotados de detalhes em cada pixelzinho da sua TV, isso sim são “gráficos” de verdade;
    – Hotline Miami: sei lá o que acontece com esse jogo e eu, tem horas que estou jogando e me lembra até o Tibia, mas acho a pixel art dele muito estilosa, um visual bem bonito.
    – Walking Dead The Game: a animação dele é fantástica, aqui ninguém quer saber se é 60fps, se é 1080p, aqui o visual já fala por si e dá conta do recado, você se sente num desenho que parece que foi feito com pincéis.

    Agora sobre os jogos tentarem parecer mais com a nossa realidade acho que esses são os jogos que mais vendem hoje em dia. Amigos, somos muito sortudos (ou não) por sermos de uma idade um pouco mais avançada e com isso termos acompanhado toda essa evolução gráfica ao longo das gerações, apesar de toda essa tendência AAA pra realidade, temos tudo hoje em dia e não faltam opções tanto para estilos, visuais e gêneros.

    E vamô que vamô galera, valeu por mais esse papo CFX!

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  4. Essa música que toca nos primeiros minutos do vídeo é fantástica, de qual jogo ela é? Acho que os gráficos dos jogos estão próximo de atingirem o ápice, não houve um salto tão grande no visual dos jogos do Playstation 3 para o 4 igual como houve do Play 2 pro 3 ou do 1 pro 2 por exemplo. Quando chegar o dia em que os gráficos não terão mais como evoluir, os games que se destacarão serão aqueles mais originais e com as ideias mais diferentes e inovadoras. Mas fica a pergunta: até onde a tecnologia pode nos levar em termos de gráficos para os jogos? Haverá mesmo um limite? É um assunto para se discutir. Games com Café como sempre trazendo excelentes temas!

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