Não tem jeito, acho que faço mesmo parte do braço retrocomputacional do Cosmic Effect. Não à toa fiz a cobertura de uma das edições do MSXRio em 2011 e também apareci no Cosmic Cast da Feira de Antiguidades da Praça XV usando uma camisa do MSX.
É certo que jogo videogames desde a primeira geração, já brinquei com Telejogo, Intellivision, Odissey, Atari 2600 etc., mas tenho uma quedinha muito grande pelos retrocomputadores.
Quando pequeno, tive um MC 1000, da CCE, e depois um MSX Expert, da Gradiente, e já naquela época, em meados dos anos 80, comprava a revista Crash, especializada no micro ZX Spectrum, pra ficar babando pelos lançamentos europeus.

A Crash trazia anúncios de jogos que rodavam não só no Spectrum, mas também no Amiga, Commodore 64, Atari ST e Amstrad CPC — alguns dos sonhos de consumo enquanto criança. Imagina ficar admirando esses micros, naquela época inace$$íveis…
Outro fator que me fazia comprar a revista britânica Crash — que na época só era encontrada em bancas de jornais dos aeroportos aqui do Rio — era saber que muitos dos lançamentos europeus do ZX Spectrum ganhariam um port para o MSX. Já comprava a revista pensando nisso.
O tempo vai passando, chega o padrão IBM-PC, a Internet e continuo apaixonado pelos retrocomputadores. Atualmente, não tenho um MSX — micro do coração (vendi um Expert 1.0 para comprar um 2.0 que, posteriormente, pifou), mas sou proprietário de um Amiga 600, um ZX Spectrum +3 e um Commodore 64. Sim, como é bom realizar alguns sonhos de infância, não é mesmo, amigos?

Mas por que estou contando essa historinha? Primeiro porque senti necessidade de frisar o interesse particular pelos retrocomputadores. Gosto mesmo da coisa, talvez mais do que dos consoles. Mesmo quando coloquei o MSX de lado pra dar espaço pro recém-comprado Master System, logo senti saudades do micrinho.
Mas o segundo motivo é o que tem a ver com o título do artigo. Recentemente criei uma lojinha virtual focada em itens novos, seminovos e usados para retrocomputadores. A lojinha ganhou o nome de Retro Mall (uma referência a Shopping Mall) e, felizmente, já fez suas primeiras vendas. O Cosmonal foi um dos que adorou a ideia e sugeriu que eu compartilhasse com todos por aqui do Cosmic Effect.

Como surgiu o Retro Mall?
Tudo começou quando mandei um email pro Ricardo Pinheiro do Retrocomputaria Podcast — e um dos organizadores do MSXRio — procurando um conector DIN-6 para montar um cabo de força pro meu Spectrum.
Falamos sobre a dificuldade de encontrar alguns itens retrocomputacionais. Neste exato momento, tive um estalo. Deste papo virtual e da minha necessidade em encontrar alguns cabos e adaptadores, surgiu a idéia do site, da lojinha. Adqurir um retrocomputador já é uma grande passo, mas e se você quiser ligar na TV e faltar um cabo RF? E se não veio a fonte? E se você desejar conectá-lo ao seu monitor LCD e não tiver o cabo apropriado?

A lista continua: E se você quiser um adaptador IDE para rodar os jogos a partir de cartões SD ou CompactFlash? Sem contar contratempos como cabos partidos, conectores difíceis de serem encontrados, peças adicionais que não vêm junto com o pacote etc. Essas coisas realmente tomam muito tempo, exigem paciência, e, às vezes, nos fazem esbarrar com preços astronômicos em sites de leilão (vocês sabem disso).
Da necessidade somada à vontade de colaborar com a comunidade retrocomputacional de alguma forma, nasceu o Retro Mall. A ideia é oferecer itens novos e usados — cabos, adaptadores, conectores e por aí vai — para plataformas como Amiga, C64, MSX, TK, ZX Spectrum e outras. Todas as fotos dos itens que aparecem na loja estão senfo feitas por mim, em still ou não, para que o público possa ter noção do produto real.
O melhor de tudo é que extraio um grande prazer. É um hobby antes de qualquer coisa, e não uma forma de lucrar abusivamente em cima dos outros. Me sinto como um mercador (justo) em Tatooine (se você curte Star Wars, vai entender) ;-)
Outra coisa bacana sobre o Retro Mall. No universo dos retrocomputadores, existem verdadeiros anjos que dedicam parte do tempo na produção de itens que possibilitam que um micro antigo se relacione com tecnologias mais recentes. Exemplos típicos: um adaptador IDE para ZX Spectrum, um cabo para ligar o MSX em um monitor LCD ou um adaptador para conectar joystick de um PC no Amiga. Esses caras são dignos de respeito e apreciação de nossa parte. Sem eles, é capaz de uma cena inteira morrer. Logo, penso em oferecer futuramente o Retro Mall como uma opção de espaço para comercialização dos tais itens sacros que essa turma produz.
Bom, acho que é isso. O objetivo aqui foi mostrar também a paixão e o real interesse que existe no cenário dos micros antigos. O Retro Mall ainda não tem muitos itens, mas aos poucos vão pipocando coisas por lá. Agradecimentos também ao Ricardo do Retrocomputaria, que ajudou na divulgação.
Adoraria ouvi-los nos comentários. Vamos trocar ideias e estou empolgado o suficiente para dizer que aguardem artigos e Casts sobre games retrocomputacionais aqui no Cosmic Effect. \o/
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No MSX, a Konami decidiu dividir o jogo em dois títulos complementares: Hyper Olympic 1 e Hyper Olympic 2, ambos lançados em 1984. Esta divisão não foi muito convincente: afinal, eram poucas provas em cada cartucho. Provavelmente uma estratégia da empresa para aumentar o faturamento? Que vergonha, Konami. A Activision lançou o Decathlon para o MSX e com todas as 10 provas!


Apesar do controle do Expert ser, além de lindo, muito confortável e preciso, não era muito adequado para Hyper Olympic. A amplitude dos movimentos era um pouco longa demais. O controle ideal seria aquele em que os movimentos eram curtos; com uma boa pegada e, principalmente, muito resistente (risos). Talvez seja por isso que o Odyssey nunca recebeu um jogo de olimpíadas. Não que seu joystick fosse ruim, mas Decathlon seria impraticável. O do Atari 2600, este sim, era bem mais apropriado.







-se competitiva, acompanhando o desenvolvimento tecnológico que acontecia nos países de “primeiro mundo”, o governo preferiu blindar a nossa indústria da concorrência externa para que não quebrasse. O efeito colateral: vivíamos num país uma década atrasado.
namente brasileira nos permitiu experimentar jogos mais avançados do que seria possível com o hardware disponível por aqui, bastava ter de aceitar os “travamentos”.
s nunca encontrei de Mr. Chin. Afinal de contas, nós do Cosmic Effect gostamos de inovar! :D O segundo motivo é o aniversário de 25 anos que meu cartucho do Mr. Chin faz em 2011!
tista de circo que faz aquele número em que o malabarista equilibra pratos. O objetivo é basicamente manter os pratos equilibrados, girando-os nos mastros. Quando o Mr. Chin conseguir equilibrar todos os pratos, você passa de fase. No momento em que um prato cai, o jogador perde. Simples e divertido.
Estratégias são essenciais para avançarmos de fase. Percebi que uma boa é nunca equilibrar os pratos do próximo andar sem antes girar novamente todos os pratos dos andares inferiores do cenário. Assim, ganhamos mais um tempoinho para trabalhar com os pratos do andar em que estamos, sem ter de se preocupar em descer para girá-los a todo instante.