Side Pocket (SNES)

Sinuquinha básica.

Por Marcelo Araújo

Ontem eu estava jogando um cartucho que há muito tempo não via: Side Pocket. Trata-se de um joguinho de sinuca produzido pela Data East e lançado para Mega Drive/Nintendo/Super Nintendo/Game Boy/Game Gear e Wonderswan em 1992.

O jogo é bem interessante e divertido, mas peca na precisão das tacadas. Quem já jogou sinuca na vida real vai estranhar um pouco o fato de certos ângulos não poderem ser alcançados. Exemplificando: você quer acertar uma bola na caçapa do canto, mas você está no meio da mesa. Aí você até sabe mais ou menos o ângulo que você vai precisar usar, mas o jogo não permite que você o escolha. Resultado: certas bolas você não vai conseguir acertar mesmo, o que vai te levar a querer acertar outras bolas ou tentar outra caçapa. Isso é um pouco “broxante”, mas você acaba acostumando. Esse é o único aspecto negativo do jogo.

Cada fase do jogo tem uma pontuação que deve ser alcançada. Para isso você pode acertar as bolas na sequência numérica, o que te dá uma pontuação extra, e/ou derrubar bolas em sequência. Você começa o jogo com um número limite de tacadas para errar. Conseguindo a pontuação necessária você passa para a próxima fase. Mas antes é preciso passar por uma fase bônus, onde você tem que derrubar um número X de bolas com apenas uma tacada. São fases “puzzle”, digamos assim. Inclusive, é recomendável começar o jogo na opção “trick game”, que já permite que você pratique essas fases antes de começar a jogar de fato. Caso você consiga passar pelos puzzles, vai ganhar pontuação extra e/ou mais tacadas.

É possível fazer algumas jogadas virtuosas aplicando efeitos na bola. Em algumas situações isso será extremamente necessário, como nas fases puzzle.

O jogo é bem divertido e vale a pena. A versão que eu joguei foi a do Super Nintendo, porém, as screens desse post são da versão do Mega Drive.

Existem continuações lançadas para Saturn (Side Pocket 2 e 3) e PlayStation (Side Pocket 3).

(Esse post foi retirado do meu “antigo” blog, o videogames-ever).

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The Goonies (MSX)


Por Euler Vicente

Existe uma máxima no mundo dos games que diz: jogos baseados em filmes não prestam!!! Verdadeiras bombas foram lançadas em praticamente todas as gerações de consoles, que corroboram essa afirmativa. É claro que existem raríssimas exceções como: The Warriors (PS2), mais recentemente Batman Arkham Asylum (multiplataforma) e o jogo que falaremos neste review: The Goonies (MSX).

Lançado em 1986 pela empresa favorita de 10 entre 10 “MSX Gamers”: a Konami, sinônimo de qualidade para aquela geração. Era um jogo melhor que o outro: Knight Mare, Antartic Adventure, Yie Ar Kung Fu, Circus Charlie, Nemesis e tantos outros que nem consigo lembrar. The Goonies, sem dúvida, foi um dos melhores, quem sabe o melhor.

O jogo é baseado no famoso filme dos anos 80. Nele, um grupo de amigos descobrem um mapa do tesouro e partem numa aventura em busca daquilo que eles achavam que os tornariam ricos, e evitaria a demolição de suas casas. O jogo não segue o roteiro do filme. Na adaptação da Konami, controlamos o Sloth, aquele cara grandão e feioso (mas de bom coração), que tem a missão de resgatar os 7 Goonies presos pelos irmãos Fratelli. Quando conseguimos resgatar os 7, ganhamos uma chave que abre uma porta para a próxima fase. São 5 fases ao todo. Assim que passamos pela porta, uma palavra-chave é exibida para o jogador. Na época, não fazia a menor idéia do propósito disso. Sem internet, as informações que obtínhamos eram das revistas especializadas da época – MSX Micro, CPU MSX e Micro Sistemas – e raramente elas chegavam nas bancas de revistas do interior da Bahia. Só anos mais tarde descobri que essa palavra-chave servia para continuarmos o jogo daquele ponto e, para isso funcionar, tínhamos que pressionar CTRL+K na tela de abertura do game e digitar a senha. Não riam de mim, por favor!!! Há 25 anos não tínhamos acesso às informações como temos hoje. A Konami não poderia colocar logo no menu do jogo a palavra “password”? Como não sabia disso, tinha sempre que repetir o jogo do começo até chegar a fase em que eu tinha parado. Isso era um saco!!

Lembro bem da primeira vez que coloquei a fita K7 deste jogo no meu Expert da Gradiente. Foram minutos de agonia até que o jogo carregasse. E ainda bem que carregou, porque não eram raras as vezes que um jogo não carregava. De cara, achei massa a musiquinha da abertura. Pressionei o start e fui logo ao que interessa.

Logo de cara, fiquei pasmo com a qualidade da versão da canção de Cyndi Lauper (The Goonies ‘R’ Good Enough) no jogo. Era perfeita! Na época, estávamos acostumados com jogos de Atari e Odyssey. Foi um choque ouvir aquela qualidade sonora a partir de um jogo. Então é esse o poder dos 3 canais de som do MSX? Uau!!! Os gráficos pareciam lindos para mim. Sprites bem feitos, cenários detalhados e tudo muito colorido. Colorido??? Como assim??? O que isso tem de mais? É que existiam montes de ports de jogos do ZX Spectrum e a maioria permaneciam monocromáticos no MSX. Por isso, o uso das cores pela Konami no jogo saltavam aos olhos.

Sim, o jogo era tecnicamente perfeito, mas era bom mesmo? Era ótimo! Os controles respondiam bem. Cada tela do jogo era pensada meticulosamente para nos colocar em apuros. A dificuldade do jogo era alta, mas não frustrava o jogador. Em fim, numa época em que Pitfall do Atari ainda reinava no Brasil, Goonies veio e elevou nosso patamar de exigência. Depois dele, tudo parecia tão ultrapassado…

SCORE

GAMEPLAY: Divertido é a palavra que define bem esse jogo 5/5
GRÁFICOS: Muito bem feito para um jogo de MSX 1, mas fica um pouco atrás com relação aos jogos para Megaram 4/5
SOM: Efeitos sonoros bem legais. Tudo muito bem cuidado 5/5
TRILHA SONORA: Ponto forte do jogo. Tanto a música da Cindy Lauper, quanto aquela música de suspense que toca em determinados momentos são ótimas 5/5
DIFICULDADE: O jogo tem dificuldade alta, principalmente a partir da segunda fase 4/5

DADOS

NOME: The Goonies
PLATAFORMA: MSX 1
DISPONÍVEL EM: PC via emuladores
ANO: 1986

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