Phantasy Star IV – The Confetti Edition (MD)

Por essa você não esperava, a raríssima versão de Phantasy Star IV – The Confetti Edition apareceu finalmente! Citado no Cosmic Cast #11 – Unidos do Retrogaming por não menos do que o Gagá do Gazeta de Algol, o cartucho foi arrematado num site de leilão por R$ 2000,00 (foi trocado por dois abadás, na verdade). O usuário vencedor foi uma mulher, uma tal de “IveteSangalo23”. Consegui o endereço dela (mora em Salvador, por coincidência), bati na porta e perguntei se tinha outras raridades da série de RPGs pra vender; ela me respondeu que também possui uma cópia do igualmente raro Phantasy Star III – Generations of Dalila. “Mas este não está a venda, minha banda tem planos para a trilha sonora contida neste cartucho” – disse. Falei em usar emulação pra tentar convencê-la de me vender ali, no ato (eu tinha três abadás na mochila e estava disposto a negociá-los), mas a cantora baiana respondeu que “minha banda é hardcore, só gosta de plagiar música direto do soundtest do cartucho real”. Incrível.

Clique para tamanho maior

A arte da brincadeira do Cosmic Effect é do nosso Andrey Santos.

* * *

SEGA is BACK! – Not!

Update: dois dias após este boato a SEGA se pronunciou acerca do mesmo, na E3 de 2010: “Somos uma empresa de software. Certamente não voltaremos ao ramo de hardware”.  Como era de se esperar, mas valeu a pena a discussão :-)

Será mesmo? Será que a SEGA está pretendendo voltar ao mercado de consoles de videogame? Será que, depois de falhar frente aos fãs com fracas continuações de suas franquias de sucesso, ela teria peito para enfrentar Nintendo novamente? E Sony e Microsoft? E o mais importante: há espaço para um quarta console? (ou quinto, se você conta com o Zeebo :p) Antes de mais nada: não estou falando do SEGA Zone. E esse não é o primeiro nem será o último, caso seja mais um “rumor” sobre a volta da SEGA aos consoles.

A incrível notícia (ou boato) que tenho para dar (ou espalhar…) é que parece que sim, pode ser verdade. “Calma lá!” – grita você, cardíaco e fanboy de carteirinha da SEGA. Bom, o que se tem de concreto: um site russo, o Kaldata.com, anunciou no dia 14 de junho, às 23:50 que a “SEGA assinou um contrato com a Imagination Technologies, uma empresa de tecnologia britânica, para que ela desenvolvesse um chipset para seu console de videogame graficamente intensivo de próxima geração”. Continue lendo.

“Ainda não há muita informação, pois o projeto está em estágios iniciais. A SEGA compartilhou que seus planos são para um novo console como competidor direto da próxima geração de Sony e Microsoft. A empresa acredita que, com mais desenvolvimento ao longo do tempo, serão capazes de derrotar as duas gigantes, conseguindo assim uma boa fatia do mercado” – que, outrora, lhe pertencia. A Imagination Technologies fez uma nota à imprensa, no dia 10 de junho, que fornece alguns detalhes sobre o produto que desenvolveram: suporte para gráficos 3D estereoscópicos (S3D) em Full HD 1080p, “trazendo um novo realismo à conteúdos tridimensionais, novas possibilidades de interfaces e diversas aplicações”. O final desta nota contém a seguinte frase: “Neste momento, a Imagination está estabelecendo parcerias com outros líderes em tecnologia”.

Não há nada oficial da SEGA ainda sobre o assunto e isso já aconteceu algumas vezes, mundo online afora. Pessoalmente, gosto de acreditar que isso pode ser verdade. E, ignorando o lado fã da empresa, passei realmente a achar o retorno da SEGA aos consoles uma possibilidade. Veja: o momento dos videogames é de experimentação. O Wii foi o pioneiro quando, em 2006, trouxe o seu novo conceito de joystick para o jogador. E foi o sucesso comercial que todos sabemos. Mas não foi um sucesso com o chamado “gamer de carteirinha”, o tal jogador hardcore que a indústria assim gosta de chamar: ao que parece, a Nintendo trouxe realmente novos gamers para a jogatina. Talvez nem tanto aqui no Brasil, mas nos países onde a cultura gamer já era muito forte, não-gamers realmente parecem ter sido seduzidos pela jogatina cheia de movimento e imprecisão do outrora Revolution da Big N.

Três, quatro anos mais tarde, Sony e Microsoft decidem “inovar” neste ramo exibindo para o mercado o Move e o Kinect (antes “Project Natal”). Ainda não foram lançados, mas a E3 deste mesmo ano de 2010 é a prova irrefutável de que as duas gigantes estão investindo tudo nesta nova maneira de jogar. É neste momento que entra a SEGA.

O Wii foi o pioneiro em atrair e criar os tais jogadores casuais, mas o jogo está indefinido – as duas novas abordagens da concorrência já têm data para desembarcar nas lojas e serão, certamente, acompanhadas de muito, muito marketing. Não saberemos quem “vencerá”, ou se haverá espaço para as três abordagens (não acredito nesta última, pois os custos de desenvolvimento em plataformas tão distintas certamente aumentará). Todas as três empresas querem os não-gamers. Nós, que lemos e/ou escrevemos sobre o assunto, vamos comprar até versão de Golden Axe ruim, desde que tenha o nome “videogame” – não precisamos de joysticks de movimento, não mesmo. Mas “nós” somos a minoria no planeta, é um fato: dá pra dizer que eles não esqueceram da gente, mas o público que ganha mais atenção atualmente é o de não-jogadores. A Sony e a Microsoft estão experimentando um pouco, não estão exatamente copiando o Wiimote da Nintendo. E todo mundo sabe que todas elas querem mesmo é dominar o mundo.

A SEGA sempre foi uma craque em hardware. Vamos lembrar juntos: o óculos 3D do Master System, o suporte a cartão e cartucho no mesmo console, o Mega Drive com suas duas expansões – SEGA CD e 32X (o Mega 32X trazia duas CPUs de 23 MHz, em 1994). Mais um pouquinho: o Saturn com suporte à expansão de memória RAM feita pelo usuário, o Dreamcast com seu modem embutido. Nos arcades, foi uma das líderes durante duas décadas a fio – só deixou esse posto porque os fliperamas entraram em decadência. Agora é um momento novo para os videogames: trazer novos jogadores, se reinventar de verdade. A SEGA pode ajudar neste processo. Ou qual seria a quarta empresa que você acredita que teria chances neste mercado, hoje? Só penso no nome da japonesa e nenhum outro.

Vamos aguardar por algum anúncio oficial da SEGA – que poderá nunca acontecer, ou não ser nada breve. Esperemos um pouco, torcendo para que não seja só mais um boato. O site Xboxic  lembra que “esta notícia será tratada como boato até ouvirmos alguma confirmação da SEGA”.

Claro: aqui está o link direto para o notícia do site russo: http://www.kaldata.com/comments.php?catid=4&id=55129. O tradutor da Google será essencial :-) E do site Xboxic, com uma interpretação da notícia, em inglês.

E você, compartilha desta esperança? Acho que é mais um boato? Caso seja verdade, acha melhor não ter um quarto console na contenda? Quero ouvir sua opinião.

SEGAAA!

* * *