The Legend of Zelda: Skyward Sword (Wii)

Este post é parte do Dossiê Zelda que estou preparando para o Gagá Games e o Cosmic Effect. Para acessar o índice deste dossiê e ler os posts que este velhaco preparou sobre outros jogos da franquia, clique aqui.

Se você é dono de um Wii, há boas chances de ter ficado tão empolgado quanto eu quando a Nintendo finalmente lançou The Legend of Zelda: Skyward Sword no final do ano passado. E se você viu a chuva de notas dez e elogios rasgados que o jogo recebeu da crítica especializada, deve estar convencido de que o novo Zelda não só é o melhor jogo de todos os tempos, como também é a cura para o câncer e a solução para a fome na África.

A onda foi tão grande que até eu comecei a acreditar que Skyward Sword poderia dar um jeito na dorzinha que eu vinha sentindo na coluna… acabei comprando a edição de luxo do jogo em pré-venda. Após algumas semanas jogando com toda a calma do mundo, realizando um monte de sidequests e caçando insetos por todos os cantos, terminei o jogo e venho aqui contar aos prezados visitantes do Cosmic Effect o que eu achei desse negócio.

Pacotão da alegria

A edição especial de Skyward Sword (que esgotou antes da pré-venda acabar) é bonitinha, mas tem nada de muito extraordinário: temos uma caixa de papelão bem fininha (que obviamente foi amassada pelos correios) e frente dourada, com arte idêntica à da caixa comum — o tradicional estojinho de plástico branco, que está dentro da caixa e inclui o jogo, o manual e o CD com músicas da franquia tocadas por uma orquestra.

Como o CD da orquestra também faz parte da edição comum do jogo e a caixa é de material bem vagabundo, o único mimo realmente interessante é o wiimote dourado com o símbolo da triforça. Numa boa, é legal pacas, eu adorei o controle. Só estou sendo meio rabugento porque acho que a gente merecia uma caixinha com material de maior qualidade, como a do Metroid Prime Trilogy, e talvez um livretinho com artes bacanas. Agora, cá pra nós, pilantragem da Nintendo incluir um wiimote no pacote mas não um nunchuk. Custava, Nintendo?

E o wiimote serve para…?

O grande atrativo de Skyward Sword são os controles com sensor de movimentos. A Nintendo prometeu que a espada de Link responderia fielmente aos movimentos realizados pelo jogador com o wiimote. Não vou dizer que o resultado é 100%, mas os controles de modo geral são excelentes. Eu consigo acertar facilmente quase todos os golpes que tento fazer, e nunca mais quero jogar um jogo de espada no joystick. Skyward Sword transformou todos esses jogos em calhambeques. A coisa toda é muito empolgante, e embora este não seja meu Zelda favorito, posso dizer que é facilmente o mais divertido em termos de jogabilidade.

Os combates são pura diversão em Skyward Sword

Notem que eu disse que consigo fazer QUASE todos os golpes… isso porque o maldito golpe de estocada (aquele para a frente, em linha reta, tipo “fura-barriga”) é um parto para sair. Você não precisa muito desse golpe, mas quando precisar, vai xingar todos os antepassados do Miyamoto.

Outra chatice é que quase sempre que você ativar um item comandado pelo wiimote, como o besouro mecânico, vai ter que recalibrar o controle. Sei lá por qual motivo absurdo a Nintendo achou que seria uma boa ideia redefinir a posição central do wiimote toda vez que você ativa um desses itens. Ou seja, se você estiver com o controle levemente inclinado para baixo quando ativar o besouro, o jogo vai considerar essa posição como a posição central, zoneando tudo. É, eu sei, não faz nenhum sentido.

Na foto, Link mata a skulltula cheio de estilo. Mas na hora do vamos ver mesmo, prepare-se para levar muitas bordoadas errando o movimento de estocada necessário para derrubar o bicho.

Mas esses são só pequenos detalhes, que não chegam a comprometer a diversão. Só vi uma pessoa realmente descer a lenha nos controles, mas o sujeito só podia estar de porre quando fez sua análise, não é possível. As coisas que ele diz sobre os controles simplesmente não correspondem à realidade, mas nem de longe.

Tecnicamente…

Muita gente ficou com o pé atrás com os gráficos do jogo. Eu mesmo não sabia o que pensar ao ver os trailers. O que Skyward Sword faz é misturar estilos, pegando o jeito cartoon de Windwaker e unindo-o a um estilo mais realista, mas que não chega a se aproximar do que vemos em Twilight Princess. Como vocês podem ver na imagem abaixo, o fogo e a lava têm um toque bem real, mas as tochas em si têm aquele traço meio quadradão e grosso de desenho animado.

Os gráficos de Skyward Sword têm alguns bons momentos

Isso é legal em algumas partes, e não tão legal em outras. De modo geral, fica a sensação de que o jogo não se decide, e acaba não agradando muito nem aos fãs do estilo cartoon e nem aos fãs do traço realista. Não que os gráficos sejam ruins, pelo amor de Deus; são ótimos, e em alguns momentos são de cair o queixo. Mas uma decisão mais firme nesse sentido poderia render resultados melhores. Além disso, o tal efeito impressionista que faz com que as cores fiquem borradas nos objetos mais distantes é bacaninha, mas tá na cara que foi usado para disfarçar certas limitações gráficas do Wii, e em algumas partes o resultado chega a ser ruim.

O que mais me decepcionou na parte técnica foi a música. Esqueça os temas melodiosos: Skyward Sword parte para uma trilha totalmente orquestrada, e dificilmente algum tema vai ficar na sua cabeça. As músicas são boas sim, mas são temas mais atmosféricos, para dar o clima das cenas. Não há nada parecido com o empolgante tema de navegação de Wind Waker. Se você curte ouvir trilhas sonoras de filmes, pode ser que goste da trilha de Skyward, mas eu curto mesmo aquelas músicas que sozinhas já causam um impacto.

Chega de bumerangue!

Cansado de usar sempre os mesmos itens na franquia Zelda? Pois tome esta: não tem bumerangue em Skyward Sword.

Clawshots: como não amá-las? As seções que exigem o uso delas são um barato.

É claro que alguns velhos conhecidos ainda marcam presença, como o estilingue e o arco e flecha, mas ambos chegam com novidades interessantes. O estilingue é uma coisa fracote e sem graça em seu estágio inicial, mas se você fizer um upgrade nele pode acabar com uma arma interessantíssima, que lança uma pequena chuva de pedras sobre os inimigos, e pelo preço de uma única pedra! Já o arco pode ser manejado apenas nos botões (da maneira tradicional) ou à la Wii Sports, puxando a corda e lançando a flecha usando o wiimote e o nunchuk.

Um equipamento novo e muito divertido é o besouro eletrônico. Você já deve tê-lo visto em trailers, mas eu explico: Link lança o besouro e o jogador controla o voo com o wiimote. Isso é ótimo para explorar cavernas e passagens inatingíveis, para dar uma geral na região que você está explorando e ainda tem função interessante em alguns combates.

Nesta parte, Link usa o besouro voador para cortar o caule das plantas carnívoras presas ao teto

É fato que Zelda sempre tem uma mecânica bem resolvida, mas talvez Skyward Sword seja o título mais bem acabado de toda a franquia nesse aspecto. Tudo realmente parece funcionar como deveria em termos de controles e equipamentos.

Acima das nuvens…

Não seria um exagero muito grande dizer que Skyward Sword se divide em duas partes: o céu e a terra. E se abaixo das nuvens a Nintendo caprichou, acima delas as coisas não são tão interessantes.

Na abertura estilosa e impactante, conhecemos a história da criação de Skyloft, a ilha que flutua sobre os céus e é habitada por humanos que nem imaginam que existe um mundo lá embaixo. A ilha é o “centro de operações” de Link, o único lugar onde ele pode ter algum sossego.

Parece que é sempre dia de festa junina em Skyloft ^_^

Skyloft não é lá muito grande. Temos a escola de Link, a estátua da deusa, o mercadão ao centro, um local de treinamento para combate e uma pracinha. Fora isso, um riozinho aqui, umas casinhas ali, uma caverna e só. Não que seja uma ilha sem graça, mas é praticamente o ÚNICO ponto de interesse em todo o céu de Skyward Sword, então cansa muito rápido.

Os habitantes da ilha são razoavelmente interessantes, e cada um tem um problema diferente: o homem da loja de poções não consegue dormir porque o filho chora a noite toda; um amigo de Link pede a ele que entregue uma carta de amor a uma garota; uma mãe procura pela filha desaparecida; enfim, são missões bem mixurucas, sem nada de muito épico, uma vez que a maioria delas é cumprida ali mesmo, naquele pedacinho de rocha flutuante onde todo mundo vive.

Este vendedor é divertidíssimo. A cara que ele faz quando você recusa a compra de um item é impagável.

Se Skyloft fosse apenas uma dentre outras ilhas em um rico mundo sobre as nuvens, eu diria que ela é bem legal. O problema é que praticamente só existe Skyloft no céu da Nintendo; as outras ilhas são miudinhas, e invariavelmente só servem de suportes de luxo para um ou dois baús. É sério, tem ilha que não tem nada além de mato e um baú, chega a ser deprimente.

Mas Skyloft abriga algumas novidades interessantes na franquia, como o upgrade de equipamentos. Há um sujeito no mercadão que pode melhorar seus equipamentos, desde que você leve a matéria-prima necessária para ele. Você encontra os 16 tipos de materiais espalhados pelos estágios, sendo que alguns só aparecem em estágios específicos.

Tomara que a Nintendo leve adiante o sistema de upgrade de equipamentos de Skyward Sword

A ideia é excelente, mas um pouco mal aproveitada. O que acontece é que quando você consegue os materiais para dar um belo upgrade no escudo de madeira, um escudo mais forte de outro material já está à venda. No fim das contas, o sistema de upgrade acaba sendo mais interessante depois que você termina o jogo e decide jogar tudo de novo, mantendo os materiais coletados. Aí sim, você compra um escudo novo e já está pronto para fazer upgrades úteis nele imediatamente.

Além dos materiais, Link também pode coletar insetos. Eles podem ser vendidos para um colecionador em Skyloft ou usados para aprimorar as poções adquiridas no mercadão. Isso sim é bastante útil, porque a poção de cura por si só não restaura muita energia, mas com alguns insetinhos na mistura passa a restaurar nosso herói completamente. Eu não bebia um treco nojento desses nem sob tortura, mas tudo bem.

Os habitantes da ilha podem voar para outras ilhas nas redondezas usando pássaros enormes, e esse é o lado mais bacana dos céus de Skyward Sword. O voo é controlado pelo wiimote, e eu achei divertidão.

Já dizia a canção, “voar, voar… se estabacar!” ^_^

As cenas de voo são bem feitas, o controle do pássaro é divertido e não tem coisa melhor do que subir beeeeem alto e se jogar lá de cima, acelerando em queda-livre rumo a alguma ilha, abrindo o “paraquedas” no último instante.

Com os pés no chão

O jogo só começa a esquentar quando você se aventura pelo mundo abaixo das nuvens. É aqui que Skyward Sword mostra a que veio.

Todo mundo vive reclamando que Zelda é sempre a mesma coisa, mas desta vez a Nintendo deu uma boa sacudida na velha fórmula. Esqueça aquele mundo de regiões interconectadas, onde você saía andando de sua vila, atravessava os campos de Hyrule, subia a montanha da morte e entrava em um vulcão. Em Skyward Sword, o mundo foi basicamente dividido em fases.

As “fases” vão sendo liberadas gradualmente, e para entrar nelas você voa com seu pássaro até a abertura nas nuvens, se joga lá de cima e cai na região desejada. A fase da floresta, por exemplo, é totalmente isolada da fase do vulcão ou do deserto. São fases sem conexão entre si, cada qual com suas respectivas subfases.

Usando a espada, é possível analisar os monstros de maneira semelhante ao que se vê em Metroid Prime. Pena que não haja uma base de dados reunindo toda essa informação no jogo.

Sei que em um primeiro momento isso pode parecer um tanto sem graça, e certamente alguns de vocês não vão gostar da mudança. Eu achei bem interessante porque, ao isolar as áreas em fases próprias e fechadas, a Nintendo conseguiu criar um mundo bem mais divertido e bem trabalhado em termos de jogabilidade. O mundo pode não parecer tão épico “quebrado” desse jeito, mas cada subfase é praticamente uma dungeon ao ar livre, onde tudo é relevante e não há espaço para encheção de linguiça.

Vejam a área do vulcão, por exemplo. Link começa em uma subfase coberta em grande parte por um rio de lava, mas ainda bem distante do vulcão. Depois de rolar bombas por baixo de fendas onde inimigos se escondem, abrir passagens com explosões e fazer a lava de uma região escoar, Link desce por um buraco ao melhor estilo Alice no País das Maravilhas. Nesse sub-estágio subterrâneo ele vai ajudar um homem-toupeira e cavar buracos.

Escalada de montanha em condições desfavoráveis? Tô dentro!

Depois que volta à superfície, já na base da montanha, ele precisa começar sua escalada rumo ao topo. Mas a subida é bem íngreme, e Bokoblins ficam jogando enormes pedregulhos lá do alto. Uma vez lá em cima, você vai derrubar uma torre de observação para fazer uma ponte, escalar a vegetação para atingir uma região mais alta e procurar os pedaços escondidos de uma chave para finalmente entrar no templo, que é a dungeon propriamente dita. Mais tarde, com a devida proteção, pode ir ainda mais fundo e abrir uma nova subfase, dentro do vulcão. O melhor de tudo é que agora Link tem uma barra de stamina, que permite a ele correr por alguns segundos para atravessar esses perrengues todos.

Eu acho que esse é o ponto mais brilhante de Skyward Sword. O que antes era um mundão vasto e meio deserto agora é praticamente uma dungeon gigante e bacana de jogar, só que sem “cara” de dungeon, deixando o jogo mais leve. Felizmente as dungeons foram bem balanceadas para essa nova realidade, e em geral são mais curtas e menos confusas, evitando que o jogador se canse depois de atravessar os puzzles que a antecederam.

Neste puzzle, Link tem que girar a espada para deixar o olho-guardião tonto

Quem já jogou Ocarina não esquece o Water Temple, e a turma do Majora’s Mask também deve ter na memória uma certa dungeon aquática complicadíssima. Até a metade de Skyward Sword as dungeons não são assim um show de diversão, mas depois começam a aparecer umas realmente interessantes, que quebram a ideia que nós temos de dungeons da franquia. Aconteceu algumas vezes de eu concluir uma dungeon antes de me dar conta de que estava em uma. Eu acho essa integração entre o mundo exterior do jogo e as dungeons altamente positiva, e se a Nintendo continuar aprimorando essa ideia nos próximos jogos pode vir coisa muito boa pela frente.

O Silent Realm e a dificuldade do jogo

A dificuldade do jogo é mediana, e os veteranos na franquia já devem estar familiarizados com a sensação de “bem que esse jogo podia ser mais difícil”. Dá para zerar sem muita dificuldade na primeira vez. Depois de terminar, você pode começar tudo outra vez no “Hero Mode”, onde os inimigos causam o dobro do dano e o jogo deixa de distribuir corações aleatoriamente para restaurar sua energia durante as fases.

Eu adorei as incursões pelo Silent Realm. Não entendo o porquê dos críticos reclamarem tanto dessa parte.

Mas tenho até pena da Nintendo nessa questão da dificuldade, porque parece que para a crítica ela não acerta nunca. O ponto mais malhado do jogo por aí é o Silent Realm, que são áreas nas quais o jogador tem que coletar itens com a constante pressão do tempo. Se o tempo estourar, se o jogador pisar na água ou se for encontrado por um dos vigias espirituais carregando lanternas, os guardiões despertam e vêm com tudo atrás de Link, portando lâminas afiadíssimas

Os guardiões são assustadores; quando o tempo começa a acabar, você sente até um friozinho na espinha. E quando eles despertam, a sequência é impactante e meio perturbadora. Não há momento mais tenso no jogo do que ser perseguido bem de perto por vários guardiões enquanto sua barra de stamina começa a esvaziar, anunciando que em breve você não poderá mais correr.

Numa boa, esse cara me dá arrepios!

Quando Link é pego por um guardião ele não morre, mas precisa recomeçar a busca pelos itens no Silent Realm do zero. A sensação de perda iminente do que você já conquistou, somada à “sinistrice” dos guardiões e à dificuldade dessas áreas dá ao jogo um nível de tensão raríssimo na franquia. E aí, os mesmos críticos que reclamaram da falta de dificuldade do jogo também reclamaram que o Silent Realm é muito difícil. Afinal de contas, o que esse povo quer?

Repete… repete… repete…

Skyward Sword pode oferecer aos jogadores mais dedicados à exploração uma jogatina de quase 80 horas de duração. Parece bom, não parece? Mas não é.

Hoje em dia parece que todo RPG tem a obrigação de durar dez anos para ser zerado, senão é destroçado pela crítica. Eu entendo que é frustrante comprar um RPG e terminá-lo num fim de semana, mas acho que o que a Nintendo fez com Skyward Sword foi uma sacanagem maior ainda.

Sabe quando você está jogando um RPG e um velho sábio diz “você precisa achar os quatro cristais sagrados”… e aí você acha, e ele diz “agora você precisa das três chamas sagradas”… e você consegue, e ele diz “agora encontre as cinco abelhinhas sagradas”? Pois é, já resumi para vocês o funcionamento de boa parte de Skyward Sword.

A Nintendo claramente encheu linguiça aqui. Em diversos momentos, o jogador é forçado a voltar a fases que já concluiu antes para encontrar itens vitais para prosseguir com a missão. É normal nesse tipo de jogo o jogador não curtir muito certas áreas, e confesso que tive vontade de pular pela janela (moro no quarto andar) quando vi que ia ter que voltar à pentelhíssima região com areia movediça do deserto de Lanayru. Ninguém merece.

Scaldera é um dos chefes mais bacanas. Imagine uma grande bola de fogo com pernas correndo atrás de você ladeira acima.

Para piorar, o caráter matemático da maioria das missões (ache os quatro itens, junte as três rochas, aprenda as cinco canções) não empolga muito, porque você está repetindo fases e sabe que, ao fim da missão, a história não vai andar absolutamente nada. É só filler para esticar o jogo. O que acontece é o seguinte: quando você chega em uma fase, a Nintendo joga um graveto lá no meio e diz “vá pegar”. Tempos depois, ela joga um graveto diferente no mesmo lugar e te manda pegar outra vez.

Volta e meia há alguma mudança na fase repetida, e em teoria isso pode lembrar o sistema vitorioso de coleta de estrelas diferentes em um mesmo estágio de Super Mario 64 ou Super Mario Galaxy. O problema é que, ao contrário do que acontece nos jogos do Mario, aqui as fases geralmente mudam muito pouco em sua segunda visita, isso quando mudam. O único momento realmente admirável desse sistema é quando, perto do final, a floresta de Faron é inundada e você precisa passar por ela novamente, só que nadando.

A inundação de Faron Woods é uma grande sacada do jogo

Isso realmente é uma lástima, porque as fases de Skyward Sword são muito bem feitas, e o jogador deveria ter o direito de desfrutar delas sem enrolação. Se tivesse metade do tempo para a conclusão e não empurrasse o repeteco goela abaixo do jogador, Skyward Sword teria um ritmo invejável e estaria perto de ser brilhante. Por que eu tenho que ser obrigado a refazer uma área chatíssima do deserto de Lanaryu quando há uma área totalmente genial e ainda inexplorada do mesmo deserto me esperando mais adiante? Por que não me deixam seguir em frente? Em vez disso, tive que encarar umas dez horas de enrolação e repeteco por fases já cruzadas do deserto para chegar à parte do barco — sim, você vai navegar em um barco em pleno deserto, e o negócio é de uma genialidade incrível. Pena que a essa altura eu já estava com as pilhas fracas (do wiimote e da empolgação).

O problema da repetição é agravado pela falta de variedade dos inimigos, que constantemente se repetem em cores diferentes. Tudo isso acaba deixando a impressão de que falta um pouco de conteúdo no jogo. Pelo menos os chefes costumam ser bacanas, especialmente Scaldera: Link precisa subir uma baita ladeira, com o monstrão correndo logo atrás dele, pegar uma bomba e, ao melhor estilo boliche de Wii Sports, rolar a bomba na direção do bicho.

O grande vilão de Skyward Sword é uma decepção

A decepção mesmo é com o vilão principal do jogo, Ghirahim. O cara é assim, como direi… meio andrógeno. Só que ficou forçado demais, ele fica fazendo uns trecos esquisitos com a língua, fica dando uns chiliques e tem uma atmosfera meio patética. Você fica esperando o sujeito se transformar em um vilão bacana, mas isso nunca acontece. É uma pena.

Zelda, a eterna princesa de Link

Outro aspecto que sai prejudicado com a lenga-lenga de Skyward Sword é a história. A trama é até boa, mas as coisas demoram tanto para realmente começar a acontecer que a gente fica com a sensação de que rolou pouca coisa para tanto jogo. Sem brincadeira, após os eventos iniciais do jogo, só vai realmente acontecer alguma coisa relevante com a trama lá para umas 40 horas de jogatina.

Mas a Nintendo tem um trunfo na manga: a relação entre Link e Zelda. Fazendo um comentário bastante pessoal aqui, eu não sei o que a Nintendo faz com esses dois personagens que consegue me comover tanto. Eu não me lembro de ter chorado jogando jogo nenhum até hoje, mas se teve uma vez que eu realmente cheguei perto disso foi no final de Ocarina of Time, quando Zelda e Link conversam após a batalha final. O negócio é genuinamente bonito, sem apelar para sentimentalismo barato.

A decidida Zelda de Skyward Sword, acabando com a marra de Groose

Essa situação se repetiu perto do final de Skyward Sword. Não vou estragar a história, mas Link faz das tripas coração para salvar Zelda, e quando parece que as coisas vão se acertar, aí é que dá tudo errado mesmo e ele vê Zelda escapar por entre seus dedos pela força das circunstâncias. Foi nesse momento, quando Zelda disse “eu ainda sou a sua Zelda”, que os meus olhos ficaram encharcados e eu engoli em seco para não ficar choramingando na frente da esposa. A minha Fafá é uma sacana, fez graça com o Link o tempo todo enquanto eu jogava, e ia me zoar pra sempre se eu chorasse ali ^_^

Além de Zelda estar muito bem representada no jogo, cheia de decisão e carisma, vale destacar também a presença do grandalhão Groose. A princípio ele parece um sujeito bem chato, mas conforme o jogo vai passando ele se transforma em um personagem adorável, um dos grandes destaques do “elenco” do jogo. Certamente vou sentir falta dele no próximo Zelda.

Obrigado, Link!

Todo jogo que se preze tem um tema para se orientar. Em Skyward Sword, o tema é claramente a gratidão.

Cada vez que link conclui uma missão em Skyloft, ganha uma certa quantidade de “cristais de gratidão”. Esses cristais são entregues a uma criatura monstruosa, porém bondosa, que habita uma região escondida de Skyloft. Ela precisa dos cristais para se transformar em um ser humano, sendo o centro de união de todas as sidequests do jogo. Ou seja, Link tem que conquistar a gratidão de todos os habitantes de Skyloft para ajudar o monstro a se transformar e ser feliz.

O monstro que se esconde em Skyloft é o elemento que liga todas as sidequests do jogo

Quando o jogo termina (sem spoilers aqui, pode ler tranquilo), a última fala de um personagem marcante é justamente “obrigado”, e o jogo faz questão de limpar a caixa de diálogo para que o “thank you” figure sozinho, em destaque.

Como a franquia Zelda comemorou seus 25 anos de sucesso com este jogo, a mensagem subliminar de gratidão, presente do início ao fim, pode ser interpretada de várias maneira: todas as pessoas que Link salvou nesse 25 anos agradecem ao herói; a Nintendo agradece à franquia pela fama e pelo sucesso que lhe rendeu; e Miyamoto e Aonuma agradecem ao jogador por todos esses anos de fidelidade. É um encerramento digno para um jogo que, embora não seja perfeito, fecha com beleza e competência o primeiro quarto de século de uma das franquias mais queridas por jogadores de todo o mundo.

* * *

50 Respostas

  1. Gagá soltou uma single tear no mesmo momento que eu.

    “Although I am Hylia, I am also my father’s daughter and your friend… I’m still your Zelda.”

    “Zelda: So I’m gonna ask you a favore sleepyhead…ever since we were kids, i would always be the one to wake you up. so when all this is over. would you please wake me up?”

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  2. Gagá ainda vai me fazer comprar um Wii. Pelo visto, vai ser um console onde, além de poder jogar os jogos clássico que eu tanto amo, vou me esbaldar com jogaços que só ele tem!

    Só não gostei de algumas coisas nesse review: o lance do “backtracking” usado só pra agradar a crítica deixando o jogo mais longo do que deveria, não é culpa da Nintendo. Ou eles colocavam isso ou os críticos profissionais de games (uma raça que eu espero que termine sua vida com muita dor) cairiam de pau no jogo, chamando-o de “muito curto”, “não vale a compra” e mimimi. Quem achar ruim essa encheção de linguiça, reclame com eles, não com o Myiamoto!

    Outra coisa: o cara que reclamou do jogo não estava bêbado, apenas estava fazendo o que foi pago, ou seja, sentar o pau no jogo. Sim, jornalistas são pagos para falar bem ou mal de alguns jogos, podem acreditar. Lembro que uma vez li críticas bem diferentes de Sonic and the Secret Rings em duas revistas diferentes: uma dizia que o Sonic finalmente estava brilhando no 3D, enquanto a outra dizia que o ouriço parecia um carro com o pneu furado naquele game. Como pode dois críticos enxergarem um mesmo jogo de forma tão diferente? Um deles só pode ter recebido grana para elogiar o jogo (ou sentar o pau, esse eu nem joguei nem vi).

    Pra terminar, gostaria, como fã de Zelda que sou, de agradecer ao Gagá por essa bela matéria, ele realmente mandou muito bem nesse review. Muito obrigado e que Nayru, Din e Farore continuem abençoando tanto o Cosmic Effect quanto o Gaga Games!

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    • Grande Tristan!

      Como eu disse aí no post, concordo com você que a Nintendo esticou o jogo porque sabia que a crítica ia malhar se ele fosse curto. Mas tipo… não precisava esticar TANTO, né? Rs…

      Quanto ao cara do Gamespot, eu já acho que ele tava querendo criar polêmica para chamar a atenção mesmo. Tanto é que vários sites conceituados começaram a discutir o review dele, especialmente o Zelda Informer. O assunto deu pano pra manga, e colocou o sujeito em evidência. Mas vai saber, né? A gente só pode especular mesmo. Uma coisa seria ele malhar o jogo, dizer que achou uma droga e tal, é a opinião dele. Mas o que ele falou sobre os controles é totalmente fora da realidade.

      > Como pode dois críticos enxergarem um mesmo jogo de forma tão diferente?

      Aí eu já discordo, acho que é possível sim. Sempre tem quem goste de um filme malhado por todos, e vice-versa. É como dizem, gosto é que nem… peraí, pode falar palavrão aqui no Cosmic Effect? ^_^

      Valeu aí pelo comentário, um abraço!

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  3. Aliás, viram que a dona Rede Globo copiou esse Zelda na cara de pau? http://www.youtube.com/watch?v=A8YygvOZfkY

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  4. Primeiramente Gagá, me empolguei muito de ver o review, eu sou fã de carteirinha de Zelda, coleciono os games da série e fico louco ao saber que está vindo um novo.

    Também acho que existem elementos no gameplay que só serviram a uma extensão desnecessária. Discordo quanto ao vilão, porque o que acaba acontecendo no final do jogo, na minha visão, legitima ele ser tão patético. Quanto a trilha, funcionou para mim, alguns temas me peguei cantarolando no carro enquanto dirigia, hehehe.

    Realmente é um grande game, mas não o melhor Zelda, estou experimentando o Ocarina of Time novamente na sua versão do 3DS e mantenho minha bandeira com ele, a sua importância e sensação de exploração, mesmo que em alguns momentos seja meio ilusória, empolga mais que as ilhas de Skyward Sword.

    Parabéns Gaga, manda mais uma preciosidade do Wii para nós em breve!

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    • Rapaz, que inveja. Eu queria muito ter uma coleção de Zelda, sou apaixonado pela franquia desde… sei lá, acho que eu tinha uns dez anos quando joguei o primeiro Zelda de NES, deve ter sido em 89 ou 90.

      É comum rolarem esses “vilões marionetes” em RPGs, mas sei lá… esse “Geraldinho” aí não me agradou nem um pouco. É o gosto de cada um, né?

      Quanto à música, o único tema que ficou na minha cabeça foi o de Skyloft, mas acho até meio chatinho… é que ele “martelou”, porque eu passava muito tempo por lá cumprindo sidequests e tal. Certamente são composições de qualidade, o Koji Kondo nunca falha, mas a pessoa tem que curtir o estilo, e eu não curti…

      Ocarina é um espetáculo de jogo, é o meu favorito também. Sempre que sai um Zelda novo, a turma pergunta “é melhor que Ocarina?”, mas para mim essa pergunta não faz muito sentido. Acho que não há como igualar Ocarina, porque a Nintendo conseguiu algo realmente especial com aquele jogo. Não acredito que pintem jogos melhores na franquia jogando pelas mesmas regras; acredito que a Nintendo ganha mais inventando coisas diferentes. Por exemplo, eu acho Majora’s Mask absolutamente sensacional, é um dos jogos mais incríveis que eu já joguei, e ele não parece nem um pouco preocupado em copiar Ocarina — pelo contrário, subverte um monte de elementos dele.

      Valeu pelo comentário, Fakepix, abração!

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      • Concordo com você Gagá, copiar Ocarina não é solução jamais, o que eu quis dizer foi justamente isso, aquele é um game especial e ponto.

        Falando em subverter, eu sou um grande fã de Wind Waker e não consigo entender o preconceito de muitos com ele, que é superior ao Twilight Princess.

        Mas concluindo, no fim o que importa é o que todo fã diz né? “Zelda é Zelda” ou como Eric me falou uma vez, “Zelda é igual a pizza”, hahahaha.

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        • Tranquilo, Fakepix, eu entendi o que você quis dizer com relação ao Ocarina. Só queria levantar o assunto mesmo, acho interessante esse lance do Ocarina meio que projetar uma sombra sobre todo o resto da franquia.

          E eu também não entendo a birra das pessoas com Wind Waker. Sempre ouvia dizer que velejar pelo oceano do jogo era um tédio só, mas quando finalmente joguei e zerei o jogo no ano passado, adorei velejar, achei uma delícia. O jogo é redondinho.

          Zelda é igual a pizza? Rs… boa essa! Acho que entendo o que o Eric quis dizer, deve ser a mesma coisa que eu penso em relação a chocolate: eu posso ter lá as minhas preferências, mas dane-se se é ao leite, branco, meio amargo ou crocante, todo chocolate é bom!

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      • Acrescentando uma informação que só descobri agora: parece que o grosso da trilha não foi composto pelo Koji Kondo, mas sim pelo Hajime Wakai.

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  5. Não concordo com algumas partes do artigo.

    Achei a dificuldade bem balanceada e curti o fato de ter que revisitar os mapas. Há fases em que a revisita mostra uma nova faceta para os ambientes; apresentando novos personagens e surpreendendo com novos movimentos e estratégias.

    Gostei dos gráficos, não penso que o estilo ficou indefinido, pelo contrário, é muito charmoso e parece mesmo uma pintura. Dentro das limitações do Wii o visual é fodástico!

    Sobre a jogabilidade, considero que o game teve um avanço incrível, os movimentos, em sua maioria, são muito bem reproduzidos e não tive que recalibrar o controle tantas vezes assim como você citou, poucas foram as ocasiões em que tive problemas com o besouro. Concordo que o cutucão é chato de se fazer.

    A trilha sonora não é a característica mais marcante da aventura mesmo, porém tem seus pontos positivos, apresentando um som agradável.

    As primeiras horas do jogo são um pouco entediantes, mas uma vez que as coisas começam a rolar, a história emociona.

    No geral o jogo é excelente, muito melhor que Twilight Princess, que ao meu ver foi o pior episódio da série. Não chega a bater Wind Waker ou Ocarina of Time; contudo é um renascimento importante que a série precisava passar.

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    • É interessante você discordar em tantos pontos, Sandro, porque lendo reviews na época em que o jogo saiu eu notei exatamente isso: os pontos que um crítico elogiava eram os mesmos pontos que outro crítico malhava.

      Acho que os tempos em que Zelda era uma unanimidade ficaram para trás. Depois de tantos jogos lançados, cada um estabeleceu seu próprio conceito do que seria um Zelda perfeito. Uns querem novidades na fórmula; outros querem um jogo épico como Ocarina; alguns defendem uma abordagem mais próxima a dos RPGs ocidentais; e há até quem defenda uma volta total às raízes, lá do primeiro jogo do NES mesmo, como o cara do Kotaku:
      http://kotaku.com/5885595/zelda-just-keeps-getting-worse-but-it-isnt-beyond-saving

      (não concordo com tudo o que ele diz, mas alguns dos argumentos são bem interessantes e o artigo vale uma lida)

      Eu também achei o Twilight meio sacal… gostei da atmosfera, mas o jogo em si… tô parado há meses naquele labirinto do pé-grande, é chato demais. É o único Zelda dos principais que eu ainda não zerei, mas eu chego lá. E tenho algumas reservas quanto ao Windwaker, mas no geral acho o jogo sensacional. Qualquer dia posto sobre ele aqui também…

      Abração, Sandro!

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  6. Droga, tô vendo que vou ter que comprar um Wii (ou um Wii U, ele terá compatibilidade com os jogos do Wii, certo? =D). Mesmo com algumas coisas que não me agradaram nem um pouco (especialmente o backtracking), Zelda é sempre Zelda. Ele sempre guarda um momento emocionante (e, pelo visto, o desse jogo pode causar lágrimas ao jogador…).

    E sobre o link colocado pelo SonicTales: não precisa nem ter jogado para ver a “inspiração”, hehe… Pelo menos podemos falar que temos um pouquinho de Zelda sendo assistido por milhões de telespectadores, hehehe! =D

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    • Zelda para mim é que nem uma camisa que tenho aqui e que diz: “A Bad Day at the Beach is Better than a Good Day at Work” ^_^

      Eu nunca joguei um Zelda ruim, mas acho que um Zelda ruim já seria melhor do que muitos jogos considerados bons. A gente diz que um Zelda é fraco em relação a outros Zeldas, mas em relação ao mercado de games em geral um Zelda é sempre um jogão, né?

      O Skyward pode ser um pouco cansativo em alguns momentos, mas vale a jogatina com certeza. Eu inclusive estou jogando pela segunda vez, no Hero Mode.

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  7. O Velhinho me deixou confuso…

    E aí Gagá tudo bem?
    Em relação aos movimento da espada do Link e do wiimote você diz que não é 100% e os controles DE MODO GERAL são excelentes…Eu realmente fiquei confuso com esta análise Gagá.
    Ora você diz que não é bem aquilo e depois volta e fala tipo:”não
    tudo bem,ficou bom assim mesmo” pelo menos pra mim ficou dúbia sua colocação.Afinal de contas a espada não deveria ser 100%?Ficou parecendo aqueles reviews de emuladores que o cara fala “não está rodando 100% ainda,mas tá legal…”
    Depois você explica que tudo isso não chega a prejudicar a diversão.Certo mas… ou você realçou problemas aparentemente insignificantes do wiimote ou,mesmo de forma inconsciente, você minimizou algum problema real na jogabilidade com o wiimote.
    Desculpe Gagá,estar sendo chato neste ponto mas juro que não entendi seu ponto de vista em relação a efetividade de resposta do WIImote neste caso específico.

    Em cima do Muro…

    Sobre o estilo cartoon e o estilo realista dos gráficos ao mesmo tempo,quase que se rivalizando na tela,eu realmente acho perigoso
    tentar agradar a todo mundo,pois pode acabar não agradando ninguém no final das contas,não é mesmo?.Digamos que é um gráfico que fica em cima do muro.

    Ri muito quando disse que ” habitantes da ilha são razoavelmente
    interessantes…” este conceito pode ser usado também na vida real,ha ha ha!
    As missões parecem não fazer jus ao nosso herói.Ha ha ha!
    Não Gagá por favor nunca mais pense em pular do 4 andar!!!Imagine só os jornais sensacionalistas anunciando na manhã seguinte.

    __________A Influência Malígna do Videogame!!!__________
    “Homem velho e possivelmente gagá,morre ao se jogar da janela do seu apê com um Wiimote na mão.Jogos da franquia Zelda tem vendas suspensas em todo país.”
    Ha ha ha!

    Pô Gagá quer me matar de rir,ha ha ha!!!Da forma que você descreveu Ghirahim último Boss,eu juro que pensei que ele fosse se transformar numa…Drag Queen e te atacar com uma Gillette,UUUUIIII!!!
    Orakio meu velho não se preocupe com seus sentimentos porque esta frase:
    “eu ainda sou a sua Zelda”
    se você trocar Zelda pelo nome da mulher que você ama…ahh meu amigo,esta frase “desmonta” qualquer marmanjo.Claro que se você chorasse na frente da esposa isso poderia abrir margem a uma Mega Combo Trollada.Ha ha ha! Acontece.
    Aproveitando o embalo do tema do jogo,que é a gratidão,quero agradecer a você,senhor Gagá,pelo ótimo texto.

    Thank You

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    • Opa, grande Dactar!

      > Em relação aos movimento da espada do Link e do wiimote você diz que não é 100% e os controles DE MODO GERAL são excelentes…Eu realmente fiquei confuso com esta análise Gagá.

      No stress, eu explico!

      De fato o controle da espada não é perfeito 100% das vezes, mas num jogo com sensor de movimentos é de se esperar que as coisas não funcionem com perfeição e que ocorram algumas falhas. Portanto, acho que se esse tipo de controle funciona 97% das vezes, como de fato funcionou comigo, o resultado é excelente. Tenha em mente que não precisa ser perfeito para ser excelente. Tipo, chocolate branco da Hersheys com cookies é perfeito, mas sem cookies já é excelente ^_^

      Por outro lado, se eu estivesse jogando num joystick tradicional e o botão da espada falhasse de vez em quando, isso seria totalmente inaceitável, mesmo que só ocorresse 3% das vezes, porque eu tenho a expectativa de que o botão funcione sempre, por ser digital.

      Minha única birra mais grave com o controle do Skyward foi mesmo com o tal movimento de estocada, que felizmente não é muito usado. Esse eu fiz questão de descrever no review, para deixar claro que embora os controles sejam muito bons, existe um probleminha. Mas é como eu disse outro dia para um amigo: eu posso apontar algumas falhas na Angelina Jolie, mas mesmo com elas a moça continua sendo extraordinária ^_^

      A minha esposa não ia deixar barato se eu chorasse com o jogo. Ela fez graça o tempo todo que eu jogava, dizendo que o Link nunca pegava ninguém e tal, rs… uma comédia essa mulher.

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    • Esqueci de comentar uma coisa:

      > As missões parecem não fazer jus ao nosso herói.Ha ha ha!

      E olha que eu nem mencionei a parte em que o Link tem que passar aspirador de pó na casa de uma mulher 0_0

      Não, é sério mesmo! E o pior é que é divertido ^_^

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  8. Sensacional Gagá!!!
    Agora eu entendi bem,principalmente com a analogia ao controle de botão digital.
    Agora vem cá meu velho…incluir Angelina Jolie e chocolate da Hersheys na mesma resposta,deu até água na boca,ha ha ha.Em todos os sentidos!
    Ha ha ha o Link não pega ninguém…ele precisa conhecer o Bowser,esse sim sabe pegar uma princesa! Yeah baby!!!
    :)

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  9. Putz, mó urucubaca rolou aqui… tinha escrito um comentário gigante, ae o site deu pau na hora que eu publiquei o comentário (aliás, não consegui comentar com meu e-mail de jeito nenhum) e logo em seguida a luz aqui em casa acabou, matando qualquer chance de recuperar o que eu escrevi :( Mas vamos lá novamente, deixa ver o que eu me lembro:

    Bom, o que dizer sobre a espectativa: eu comprei o jogo em sua edição especial um mês antes de comprar o Wii, rzs. E infelizmente a minha caixa veio amassada também. Eu concordo praticamente com tudo o que você disse sobre os controles, menos com a estocada: depois que eu peguei a manha não tive mais problemas. O segredo é fazer um movimento bem firme com o Wiimote. Também achei um saco o ponteiro do jogo, não entendi porque trocar o infravermelho que funciona tão bem pelo Motion Plus para esta função.

    Os gráficos eu achei excelentes e que cairam muito bem para o jogo nada a reclamar. As músicas orquestradas foram ótimas, mas eu esperava algo mais épico, tipo Shadow Of The Colossus.

    Os itens são ótimos, e eu pirei no arco e flecha, mais do que com a espada. A garra é quase tão boa quanto a de Twilight Princess, pena que removeram o esquema de controlar o tamanho da corrente.

    Skyloft é bacaninha, mas não chegou nem perto da promessa da Nintendo de ser uma nova Clock Town. Aliás, um dos problemas do jogo é que prometeram muito mais do que deram conta de cumprir, além de ter um monte de excelentes idéias não muito bem aproveitadas.

    O único defeito dos Silent Realms é a repetição, mas jogando eles me bateu uma sensação ‘Metroid Prime 2’ muito foda, que nem jogando no Hero Mode rolou, pelo menos até agora.

    Uma coisa que eu achei ruim foi como toda aquela magia em torno dos personagens que rola no início do jogo (o que é aquela cena logo no começo com a Zelda tocando harpa e cantando? sensacional!) se perde no jogo, só tornando a aparecer em alguns pequenos momentos. Essa parte que você falou que se emocionou é muito boa, mas para mim o final me fez mais efeito neste aspecto.

    Bom, acho que era isto (ou algo do tipo) :P

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    • Esses tiltes que dão em blogs às vezes são um saco, volta e meia alguém diz que rola no Gagá Games também. Ainda bem que você não desanimou e postou de novo!

      Eu acho que a minha encrenca com a música é justamente essa. Quando disseram que a trilha seria orquestrada, eu fiquei esperando algo bem épico, e o resultado acabou sendo um pouco mais discreto. Tem a ver com o que eu respondi para o Sandro, cada um tem uma ideia formada do que seria o Zelda perfeito, e a música para mim tem que ser bem heroica.

      O arco é legalzão, né? Eu adorava fazer o movimento para lançar a flecha, muito legal. E gostei mais da clawshot aqui, adorei aquelas partes em que você fica pulando de uma para a outra.

      Ah, nem fale em Clock Town que eu já fico com vontade de jogar Majora outra vez…

      E é verdade, a gente sente que aquela magia dos personagens início se perde pouco depois. É como eu disse, a Nintendo deu uma bobeada ali com o mundo acima das nuvens. Pelo menos o Groose deixou a marca dele.

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  10. Gagá,

    Parabéns por escrever o que achei, até agora, a melhor resenha desse jogo. Talvez a gente tenha um background semelhante, porque eu concordei com quase tudo que você falou.

    Eu também senti que a música não é tão memorável quanto a dos jogos anteriores. Isso pra mim foi uma surpresa, mas tenho certeza que Kondo não atuou muito fortemente no jogo (como você citou nos comentários), deixando o trabalho maior para sua equipe e apenas foi o supervisor. Isso faz diferença.

    Uma coisa que ficou excelente foi a implementação da música dinâmica. A Nintendo é realmente mestre nesta técnica. Não dá pra escrever tudo aqui, porque vai ficar muito grande. Mas assim que eu publicar o texto sobre esse aspecto de Zelda compartilho com vocês.

    Um grande abraço!

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  11. NÃAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOO!!!!!

    [pausa pra se recuperar]

    Pô Gagá, sacanagem. Você me vem com um review desses depois que meu Wii foi doado por uma causa nobre?

    Excelente review mesmo. Achei muito interessante sua ótica sobre a duração do jogo. Concordo totalmente contigo, o jogo tem que ser cheio de conteúdo interessante, não adianta nada um jogo levar 80 horas se ele é uma estrada vazia que leva 79 horas para atravessar e ao final um chefe que leva 1 hora pra vencer.

    Até hoje me impressiono com a série Elder Scrolls por isso. Os jogos tem uma main quest que leva de 20 a 30 horas, mas a magia está nas side quests, as vezes mais interessantes que a main quest. Você realiza quantas quiser até o ponto que você pode levar 200 horas para terminar o jogo.

    Mesmo assim achei um vacilo da Nintendo em como Skyward se desenrola. A estratégia do “jogar um osso” (achei ótimo essa metáfora) sempre foi parte de Zelda, mas pelo menos em Link to the Past você nunca sente que está voltando em uma antiga área. Até mesmo quando está, é sempre em um trecho não explorado, ou então a versão dark world de uma área que você só conhecia no light world.

    De resto gostei muito como você encarou as mecânicas do jogo, até mesmo a mecânica de “fases” que eu normalmente não gosto em RPGs eu consegui abrir a cabeça e ver que pode ter ficado legal. Me lembro quando soube que Valkyrie Profile era um RPG meio plataforma com fases e não gostei da idéia, ainda bem que consegui passar por cima disso e joguei ele, pois foi um dos melhores jogos que joguei na vida.

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    • Entendo o que você quer dizer sobre Elder Scrolls: eu peguei o III para jogar e já gastei horas só passeando, lendo livros, aprendendo sobre os povos… e nada de missão principal, o turismo tá bom demais e não consigo parar ^_^

      Nunca consegui terminar o Valkyrie Profile, mas cheguei perto e é dez mesmo. E aquela trilha sonora… Motoi Sakuraba chutando bundas!

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  12. Que belo review Gagá, falou quase que exatamente o que penso do jogo! O golpe da estocada com a espada é terrivelmente horrivel de ser feito…garanto que minha nota pro jogo de 9.5, cai para 9.0 SÓ por causa da frustração que passei nas vezes em que tive que infrentar aquele escorpião preto gigante!! principalmente pra pegar o Hylia Shield…o último boss que precisei enfrentar era justo aquele escorpião por pouco não morri e perdi o trabalho…esse golpinho maldito estraga os controles do jogo…se eu contasse o tanto que apanhei para aquela Skulltula do primeiro dungeon -__-
    Também não curti as músicas…trilha orquestrada da clima mas não se compara aquelas musiquinhas dos outros games da franquia que grudam na cabeça. Para falar a verdade…não curti esse lance de voar pelos céus e descer na “fase”…mas acho que foi a idéia escolhida pela nintendo pra poder lançar o game mais rápido e vende-lo enquanto o Wii ainda tinha um sopro de vida…tive essa impressão ao jogar o Skyward Sword….de que ele foi feito um pouco as pressas…mas isso não tira o mérito de todo o resto do jogo que é excelente.

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    • Pois é, esse lance de dividir o “mundão” em fases também dividiu opiniões. Eu achei bacana, mas entendo perfeitamente a turma que não curtiu. Como eu disse na resposta ao Sandro, o tempo em que Zelda era uma unanimidade já foi pro saco.

      A minha raiva é com as skulltulas mesmo. Além de levar várias pauladas errando a estocada, eu ainda demorei para perceber que, quando elas vinham pelo chão, era preciso fazer um golpe de baixo para cima para que elas “capotassem” e a gente pudesse cravar a espada em cima… mas aí já foi burrice minha mesmo ^_^

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  13. essa analise do Gagá me deixou surpreso. eu não me lembro dele fazer um post tão grande no Gagá Games. mas como é de Zelda, acho que esse tamanho está apropriado. e cara, fiquei me roendo agora para ter um Wii. mas já procurei em várias lojas aqui de Recife e é difícil de achar. a maioria prefere a concorrência….o modo se usar a espada com o controle deve ser divertido, mas fico me imaginando andando e manuseando a espada ao mesmo tempo….aposto que o meu primo Charles ia se cansar em menos de um minuto..(obeso)

    e esse Ghirahim…..eu hein?

    a Zelda está muito bonita no Wii, no N64 era também…mas não dizia OOOOOHHHH, como é bela! e essas coisas. e que história é essa de “eu ainda sou sua Zelda” ?

    não vão me dizer que finalmente Link tomou alguma iniciativa….tava na hora, né não? se bem….que ele merece algo melhor, sempre via Zelda como uma irmã dele ou aquela amiga feia.(a princesa Ruto do OoT no N64 era mais charmosa….ou a Malon, por exemplo)

    gostei muito mesmo do post, bem poderia fazer um vídeo-analise como geralmente se faz por aqui.

    hee-hoo Gagá.

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    • Na verdade você não precisa andar, Leandro… só se fosse com o Kinect ^_^ O Link é controlado pela alavanquinha do nunchuk, só a espada é que segue o movimento do wiimote.

      Outro dia minha esposa viu um kit de espada e escudo para encaixar no nunchuk e no wiimote para jogar Skyward Sword. Ela ficou me sacaneando, dizendo que ia comprar porque eu ia ficar uma gracinha com o kit completo ^_^

      > e que história é essa de “eu ainda sou sua Zelda” ?

      … e você acha que vou estragar a surpresa? He he… rola um mistério se os dois “se pegam” ou não no jogo, mas não sou eu que vou contar!

      E quem é mestre nesse negócio de vídeo análise é o Eric. Eu, como bom invejoso que sou, estou brincando com edição de vídeo ultimamente, e quem sabe no futuro role alguma coisa sim.

      Valeu pelo comentário, um abraço!

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  14. O lance de capturar insetos e upgrade de itens é o que eu mais gostei nesse jogo… O deserto de fato é muito cansativo… E ver um monte de coisas que eu não faço a minima idéia de como se pega me deu um hyper nervoso… Parei de jogar na parte do “Zora” (que nem é Zora mesmo…) ai li um monte de analises negativas e não peguei no jogo mais (também pq eu voltei a trabalhar e fiquei sem tempo). Puxa eu tava esperando ler uma análise desse jogo por alguém que de fato gostou dele… Até me animei a voltar a joga-lo… Valeu Rob!

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    • Você é um figuraça, Maximus, rs…

      Se isso te serve de consolo, eu também dei uma paradinha de semanas na jogatina quando cheguei na metade do jogo. Tava meio de saco cheio, porque tem esse lance de um labirinto atrás do outro com pouca coisa no meio, encheu um pouco. Mas retoma aí, porque do meio para o final as coisas ficam mais animadas!

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  15. Saiu o post do Gagá e imediatamente após peguei uma garganta inflamada furiosa, rs… “I got the Zelda flu” :P

    Putz, já falaram tudo por aqui, mas não custa dizer que o artigo do Gagá é uma passeio pelo que interessa de verdade em um jogo, no caso Skyward Sword. Eu que somente joguei por inteiro o Ocarina of Time, realmente enxerguei a “mecânica do graveto” (Gagá, tem de patentear isso, quando aparecer o IGN usando não diga que não avisamos, rsrs) que você menciona, cheguei a dar risada da sensação que o termo me trouxe. Tipo, teletransportou o leitor para a sensação exata do jogador (em tantos jogos).

    Honestamente, reviews dos sites gringos grandes (aqueles que a gente sempre lê no dia do lançamento…) não trouxeram a emoção do que um jogo com Zelda e Link no elenco possam representar. E não estou dizendo isso só pela história do Gagá ter chorado não…

    Pelas fotos e por tudo que disse, parece que o jogo realmente tem muito do Ocarina, ainda bem né… (um local/vila eleita como hub, montanha íngreme com pedregulhos na contra-mão, rs…) o que é garantia de sucesso; vocês que são escolados em Zelda podem estar até dizendo que isso vem desde os Zeldas antigos, deve ser. O que importa é que a fórmula é imbatível e as mecânicas de jogo são sempre muito bem cuidadas. Imagino que os puzzles das dungeons, Gagá, são brilhantes como Ocarina, certo? Só esse lance que você falou de o jogador meio que não percebe estar em uma, putz…. demais.

    Puxa, como você fala que “encheram linguiça” aqui… putz… realmente, jogos que se sentem obrigados a oferecer um conteúdo de horas muito grande, putz… acho isso um saco. Quando leio “100+ hours of gameplay” me dá é desânimo, rs. E olha que sou fã dos RPGs da Bethesda, mas isso é porque, nesse campo, eles sabem fazer como ninguém: na verdade, os mundos da Bethesda são “grandes MMO particulares”. Você não precisa de muitas horas ou de poucas, isso é irrelevante lá.

    Num jogo como Zelda, a progressão mais linear é um plus, não precisa cair na asneira de “criar conteúdo” pra atender o mercado, não é mesmo? Realmente se isso aconteceu aqui, putz, pode ter sido uma bola fora mesmo. Em Zelda, até onde sei, o que interessa são as dungeons divertidas, a diversão artística que o jogo proporciona e suas mecânicas incríveis, pelo menos foi assim que saí de Ocarina (e sim, também fiquei com os olhos… no final… ah deixa pra lá, rs).

    Gagá, esse seu review foi assim… “acima das nuvens”. “Repete… repete… repete!” :D

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    • > Quando leio “100+ hours of gameplay” me dá é desânimo, rs

      Em mim também… acho que estamos ficando velhos mesmo, he he!

      Quanto ao lance de criar conteúdo, eu até acho bacana como fazem nos outros Zeldas, que têm conteúdo nas side quests para quem quiser, ninguém é obrigado a fazer. Às vezes você cansa das dungeons e vai lá fazer umas missões extras, e geralmente elas são bacanas.

      Tipo, dá para zerar Wind Waker rapidinho sem fazer missões, mas se você for catar tudo que está escondido vai investir horas bem divertidas no jogo. O problema do Skyward é que as missões são xôxas, repetitivas e não empolgam nem um pouco, e a Nintendo ainda te empurra a maioria delas goela abaixo. Como dizia o poeta, “não tem escapação”.

      Valeu pelo comentário, “chefe” ^_^

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  16. Gente, dá pra jogar só com o nunchuk kit wireless? Ou preciso do wii motion, além dele?

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    • Olha, eu nunca nem vi um kit wireless ao vivo, então não sei dizer se funciona. Mas se o kit vem com o nunchuk e com o wiimote, e se ele funciona com outros jogos, então eu acredito que funcione. Mas vai saber, né?

      Se você testar, depois conta aqui se funcionou para o caso de mais alguém ficar na dúvida, ok? Um abraço!

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  17. hmm capturar insetos, barco no deserto.. muito similar ao dragon quest viii.. vou dar uma jogada nesse zelda para ver se realmente se parecem.

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    • Caçar insetos no DQVIII? Não me lembro disso não ^o)

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    • Foi mal, só vi seu comentário agora :P

      Olha, eu acho que são dois jogos bem diferentes, viu? É totalmente possível você amar Dragon Quest e odiar Skyward Sword, e vice-versa.

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  18. Boa análise, acho que você foi correto com suas afirmações… Nós gamers não temos coração de pedra, o final é realmente emocionante, e consolador, principalmente depois de passar umas boas horas jogando o/

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    • No fim das contas, mesmo com uns defeitinhos, ainda é um ótimo jogo e altamente recomendado, né? Só não é perfeito como dizem por aí, mas vale a pena.

      E cara, eu não sei o que me dá quando escuto o tema da Zelda, fico comovido no ato. Ô musiquinha porreta!

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  19. […] Skyward Sword (Wii, 2011) […]

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  20. Zelda não é RPG. Só pra frisar.

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