Game Music > Zelda II – Temple Reprise

Amigos, apresento minha primeira experiência com uma versão de música da franquia Zelda. E foi logo no Zelda mais underground, underrated, under-tanta-coisa de todos: o Zelda II: The Adventure Of Link. Num papo informal com o Orakio Rob, mais conhecido como Gagá, perguntei qual música era favorita neste Zelda. Ele, que havia terminado a pouco e tinha um post engatilhado, me mandou a trilha quase toda pra ouvir, mas destacou a música “Temple”. Achei lindíssima de cara, na primeira escutada. Não é do Koji Kondo, paizão das músicas principais do Zelda: o diferentão da série teve músicas do menos conhecido Akito Nakatsuka (Spelunker, Punch-Out, Pilot Wings 64). Certamente a trilha não é um grande sucesso somente porque o jogo não obteve êxito, uma vez que, pelo que escutei, deu pra notar que todas as outras canções também são inspiradíssimas. A versão apareceu no imperdível post do Gagá onde ele conta a saga de tê-lo jogado “…uns bons vinte anos após a vitória ter me escapado entre os dedos pela primeira vez em um cruel lance do destino”. A versão que fiz pode, quem sabe, ter servido de trilha sonora para a boa leitura proporcionada pelo velhote :) E, claro, está aqui no Cosmic Effect.

A música original nunca “se resolve”, lindamente. São três partes curtas, que trazem aquela atmosfera mágica e de suspense obrigatórias a uma boa música de dungeon. Bom, está aqui minha interpretação da música “Temple”, que virou aqui “Temple Reprise”. Há um pouco de devaneio de minha parte ao estilo que normalmente aparecem nas minhas versões (principalmente na bateria), mas não muito :) Uma frase do Gagá bem legal sobre a versão: “Gostei da bateria e do baixo “dando as cartas” na sua versão. Parece que o teclado só “passeia” por cima deles”. Uma coisa foi proposital pra conquistar o velhote: mandei um timbre direto de um dos Phantasy Star pra garantir a nota alta dada pelo rapaz. Será que você consegue identificar qual é o instrumento? Dica: é do Phantasy Star que sofre o mesmo tipo de preconceito que o Zelda II ;-)

Tema “Temple Reprise” (clique em ▼ no player para baixar a MP3)

A original:

Zelda II: The Adventure Of Link – Temple Reprise (by Cosmonal)
Versão por (c) 2011 Eric Fraga

* * *

17 Respostas

  1. Eu não consegui achar. Se o Phantasy Star em questão for o 3º, então me sinto envergonhado por não descobrir!

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  2. Vou baixar aqui e escutar. Mais tarde eu comento…

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  3. Encarar a interpretação de uma música do Zelda,um trabalho inicial, com o mais polêmico dos Zeldas é um ato de coragem.Tem muita gente que ama a franquia mas não curte esse Zelda:The
    Adventure Of Link( mas por que? seria devido o infame trocadilho do título? ha ha ha).Eu sei …eu sei ,existem razões e motivos que não convém ressuscitar que apoiam a notória rejeição a esse Zelda.

    Quando existe uma “conspiração Retrogamer” e os conspiradores são Cosmonal e Gagá,é claro que só poderia sair um bom trabalho.Sua interpretação Eric, trouxe um monte de lembranças que claro,cada pessoa que houve tem uma forma diferente de ouvir e sentir a música,no meu caso eu destacaria alguns pontos:
    em 0:27 quando o tema começa propriamente eu percebi alguma coisa de solidão e também lembrei da música “MoonLight Densetsu” tema de abertura de um anime relativamente conhecido nos anos 90 que eu assistia na época, mas por motivos pessoais ham ham!prefiro não citar.:)
    Em 0:55 eu lembrei de Tetris,eu to ficando ou já estou louco?
    Em 2:20 a música retoma com uma batida mais “pesada” isso ficou muito legal mesmo! um bom trabalho Cosmonal e aliás também mando um alô pro Gagá que teve sensibilidade de escolher um ótimo tema também,como eu disse no
    começo..uma conspiração retrogamer hah aha ha ha!

    Em relação a música Temple(original) da para perceber que primoroso trabalho artistico foi feito por Akito Nakatsuka,construir uma música
    rica para o limitado sistema de áudio do NES com certeza deveria ser algo complexo,nossa… como tinham sons horríveis em vários jogos do
    NES,entretanto muita coisa boa também foi produzida(vide soundtrack do Megaman e metroid ,por exemplo),outros tempos…

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    • Grande Dactar! Rapaz, adorei uns pontos que você levantou aí no comentário.

      Quando o tema começa em 0:27 eu estava conscientemente “experimentando” o clima que quero passar quando fizer o tema principal das dungeons de Phantasy Star 1. Bom saber que você sentiu a atmosfera de solidão ali, posso dizer que a “parte consciente” minha de quando estava tocando/arranjando essa parte veio dessa intenção. Se isso foi um “spoiler” de alguma maneira, devo é o timbre (aquele sininho) que pretendo usar nesse futuro remix :)

      O “Tetris” é uma coincidência perfeitamente justificável e muito interessante, na segunda parte fiz uma “dupla oitavada” no timbre do solo, deu esse ar russo… some-se a batida levemente militarizada, já foi, você estava vendo as formas geométricas.

      É verdade, o tal Akito Nakatsuka é mais um genial músico japonês dessa época, que provava que música boa está nas notinhas escolhidas pelo cara e nem tanto na técnica sonora…. a limitação dos consoles da época catapultava a qualidade…

      Abração Dactar!

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  4. Putz Eric.
    Nao sei os conecitos musicais pra explicar mas vou traduzir no que sei.
    Voce pegou a versao da musica em 72 dpi e fez em 600 dpi!
    Demais.

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    • Eu não poderia definir melhor!
      Versão excelente!!!! As passagens em que a caixa assume aquela pegada de marcha militar estão animais…

      E o mais legal das versões do Eric é que sempre que você ouve a música de novo, encontra um ou outro detalhe que não havia percebido antes.

      Eu sou um cara meio viciado em podcasts – costumo ouvir pelo menos 4 dias por semana no carro enquanto venho para o trabalho ou quando estou voltando pra casa. E na ordem das minhas pastas do pen-drive, a pasta “Podcsts” vem logo antes da pasta “Cosmonal” (a ordem de leitura é por data de gravação), então praticamente todo dia que eu escuto podcast eu escuto também pelo menos 1 ou 2 músicas do Eric.
      O mais incrível é que isso está desse jeito há meses no meu pendrive e eu simplesmente não consigo enjoar das músicas.

      Eric, você já publicou alguma coisa no O.C. Remix? Acho que seria uma puta vitrine pro seu trabalho para ouvidos de fora do Brasil. Seu talento é únco rapaz, o mundo merece conhecer!

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      • Ô rapaz, você já tinha me falado e eu me sinto é honrado mesmo de estar num playlist tão constante. Sério, dá mais vontade ainda de continuar nessa “brincadeira” de seguir nessas versões sabendo disso.

        João, eu mandei versões antigas que fiz pra lá (umas duas) mas passam por um júri, e em ambos os casos aconteceu o seguinte: eles pedem que eu adicione arranjos diferentes da original e reenvie (essas músicas ficaram num estado chamado por eles de “Resub” – resubmit”). Ou seja, SERÃO aprovadas caso eu adicione novos arranjos e mande a nova versão. Eu não mandei a nova versão como eles queriam (não mandei nenhuma nova na verdade), então elas não foram publicadas. Eles sempre elogiam os arranjos existentes ou algum detalhe ou outro (no melhor estilo J.F. Souza ou Dactar, com os devidos tempos nos comentários) mas ambas que mandei (Last City de Sword of Vermilion que fiz em 1995 e Sonic 2001, que é Green Hill Zone) morreram no “resub” e assim não ficam disponíveis para download. Ah, mandei também a de Lord Of The Sword que fiz em 2007, sofreu o mesmo resub e enfatizaram que está muito similar à original, lembro bem disso – e era exatamente o que eu queria (que ficasse parecida com a original) :P

        Entra a questão: eles têm uma “quedinha” quase que admitida por versões techno; e a outra questão é que eles pedem que “crie” algo em cima, pra fazer jus ao “remix com overclock”. Olha, eu até me sinto capaz – já fiz muita música própria instrumental, você mesmo já ouviu algumas – mas não acho divertido criar em cima das game music. Vocês que têm curtido aqui no Cosmic costumeiramente elogiam o fato de eu não sair muito da original – e confesso que adoro fazer exatamente isso, dar uns “glimpses” de arranjos novos, mas manter a fidelidade ao arranjo daquele versãozinha “mixuruca” com som 8-bit que a gente tanto ama.

        De qualquer maneira… as últimas eu tenho acrescentado um pouco mais de arranjos como vocês têm percebido mas continua não fugindo da original – ou seja, talvez não satisfaça o júri do OCRemix. Estava exatamente pensando em mandar essa de Zelda II, por exemplo, pra testá-los com uma game music dessas mais recentes que tenho feito. Não está tão carregada no synthpop que é minha veia mais forte, ganhou uma batida curiosa… vai que eles acham que “saiu” o suficiente da original.

        Mas criar trechos e solos originais, e batidas irreconhecíveis drum&bass (maioria das músicas de lá) eu nunca faria pois não é meu estilo e vocês que têm pintado por aqui têm curtido justamente esse lance de fazer a versão com cara de homenagem à original. Eu não uso loops prontos, todas as notinhas, incluindo os arranjos de bateria, são executados nota por nota. Lá no OCRemix, muita versão é feita sem sequer tocar nenhum instrumento – e são aprovadas pelo júri, o que garante a idéia de que eles têm predileção por músicas techno modernas. Bom… djpretzel é o criador do site ;-) até no FAQ deles têm essa pergunta: “Vocês só aprovam músicas techno?” eles dizem que não na resposta… mas não sou só eu que tenho essa dúvida :)

        Mas foi bom você enfatizar, vou mandar essa agora mesmo pra lá. (tem um email todo padronizado que tem de fazer, etc, e o julgamente têm levado por volta de 3 meses, aviso por aqui quando sair). Seria uma honra eles aprovarem, são o maior site sobre o assunto e já foram reconhecidos na indústria e tudo mais.

        Abração Johnny!

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        • Tinha certeza que isso ficava preso em alguma burocracia e/ou gosto pessoal do pessoal de lá…

          Uma pena, eu baixo muita coisa de lá e considero seu trabalho muito superior à média do que eles publicam. Baixei uma do Professor Layton uma vez tão mal gravada que fiquei até triste.

          Bom, o azar é só deles – a gente sabe onde acessar pra encontrar essas versões que são sutilmente “adulteradas”, mas o que é a vida senão um festival de sutilezas?

          Sou seu fã!

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    • ehehehehe, entendido Andrew! Adorei! “A versão ficou sem serrilhado” :)

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  5. Agora que fui ver esse lançamento! Baixando e já já escutando!

    E não pense você que esqueci daquela trato dar um novo arranjo para alguma musica de Alex Kidd, como a da cena de entrada em Miracle!

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    • Valeu Ighor – e não está esquecido não, pode acreditar. É até um pecado pessoal eu ainda não ter feito uma versãozinha sequer de Alex Kidd – o jogo responsável por me fazer retornar aos videogames, após o hiato do Atari até a geração seguinte :)

      Abração!

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  6. Gostei muito, Eric

    Versõess assim são legais porque acrescentam uma tônica mais atual sem perder a beleza da original! Ela ficou com uma atmosfera “boss” que me agradou muito!!! :D

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