Game Music > Phantasy Star – New Motavia

Amigos, apresento para vocês “New Motavia”, versão do tema do planeta Motavia de Phantasy Star composta por Tokuhiko Uwabo, o “BO”. Considero a trilha deste jogo a melhor já feita para o Master System. Todas as músicas que tocam em Phantasy Star (que são muitas, para os padrões de um único jogo da época), são acima da média, emocionam das mais variadas maneiras. O trato sonoro daqueles tempos é nostálgico para nós que jogamos, mas injusto com as melodias e as harmonias propostas nessas músicas. Eles merecem mais, muito mais. E foi isso que tentamos trazer para vocês nesta versão.

Convidei meu irmão Elmo Fraga que toca baixo elétrico para trazer a pegada deste instrumento para essa música. Ele não é jogador de videogame, mas curte a boa música e é fã de uma banda chamada Casiopea. Como ele é “meu irmão mais velho” muitas das minhas influências musicais partiram dele. Antes da era 8-bit existir para nós brasileiros, eu já escutava com regularidade a música japonesa do Casiopea – que, para quem não sabe, é basicamente game music sem o game e tocado por um guitarrista, baixista, baterista e tecladista. Até um show da banda japonesa que, por um acaso do destino, ocorreu em Salvador no ano de 1988, meu irmão foi assistir – daí, virou fã da “música diferente, melódica e organizada” do Casiopea. De lambuja, o irmão menor também passou a curtir as músicas.

Apesar de aparentemente simples e com apenas duas partes pequenas, a música de Motavia, como de costume entre os compositores japoneses, esconde momentos de genialidade rítmica de difícil execução ao instrumento. Na linguagem coloquial de músico de estúdio, seriam os “tempos quebrados”, durações de nota que se alternam rapidamente e outros problemas para os músicos do ocidente executarem. Mas no fear, nada que muito treinamento e repetições durante as gravações não resolva. Para casar bem com o som do baixo elétrico, concebi os arranjos de bateria utilizando samples de bateria real, com o objetivo de trazer um ar de “banda” à música. Lembrando sempre que não uso loops ou trechos prontos nessas versões que produzo para vocês – “what you hear is what you get” :) e os arranjos oitentistas synth pop de costume continuam presentes, sem muita distração do show de verdade, que é a melodia original do genial e simples BO.

As dunas de Motavia estavam no screenshot do folheto que acompanhava o Master System da Tec Toy. Eu olhava para aquela foto e não me cansava de admirá-la, ainda na inocência de um garoto que não percebe que a imagem de baixa resolução dos videogames da época, quando exibidas pequenas, ficam melhores. Mas, quando finalmente pude pôr as mãos num cartucho de Phantasy Star, entender o que estava acontecendo e como jogar (primeiro RPG, todo mundo sabe como foi, rs) e finalmente viajar para Motavia… sair de Paseo e… opa, aquela música nova, diferente… uma batalha e… vejo o cenário que tanto sonhei… e o mais incrível: tem algo a mais nessa simples imagem, as sombras tão bem feitas, o céu escaldante, o senso de perspectiva… O screenshot do folheto ganhou vida na televisão, não haviam poucos pixels ali: só muita arte.

Bom amigos, espero que tenha conseguido transmitir estes sentimentos na versão de minha música favorita de Phantasy Star: Motavia!

Tema “New Motavia” (clique em ▼ no player para baixar a MP3)

Phantasy Star – New Motavia (by Cosmonal)
Versão por (c) 2011 Eric Fraga

* * *

37 Respostas

  1. Escutando “New Motavia” e andando pelo mundo de Adventura Saga!!!

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  2. Sinceramente? Essa é uma música que eu adoraria tocar de verdade. E em sua versão as frases da bateria ficaram interessantes; mais ou menos como eu faço quando brinco aqui.

    Como falei lá sobre seu comentário no post sobre o trabalho do Yoz no Phantasy Star III, se quiser gravar uma versão “ao vivo” das músicas, estou à disposição. Só comprar muita coca-cola que a gente faz um jogo por fim de semana aí em Salvador. :-D

    Abração cara!

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    • Valeu Senil!

      Pois é rapaz, e eu tenho um “apreço” especial por bateria pois é o instrumento que tive primeiro contato, justamente por causa do meu irmão que tocou o baixo aí – ele tinha uma banda de rock de garagem em meados dos anos 80, eu ia pros ensaios esperar o baterista deixar eu sentar na bateria; eu tinha menos de 10 anos na época e lembro do dia em que o líder da banda, que era o guitarrista, deu uma “rela” no batera por ficar deixando eu pegar na bateria toda hora :P

      Mesmo assim, não fiquei traumatizado eeheheheh, mas quando conheci os teclados eletrônicos poucos anos mais tarde, eles foram mais sedutores….. acabou que isso e o fato do meu próprio irmão tocar baixo desde sempre, contribuíram para que eu conseguisse pensar em bons arranjos para estes instrumentos.

      O papo já tá ficando muito musical – o que importa é que isso ajuda bastante no processo de produzir essas game music pra gente se divertir :P

      Abração e coca-cola já tem aqui, com acarajé é uma beleza, vai se preparando aí :D

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  3. Épico! Não consigo parar de ouvir!

    Também curto muito a trilha sonora do primeiro Phantasy Star, ela é hipnótica.

    Só uma pergunta: você chegou a ouvir a versão com o chip FM e/ou aquela do SEGAROCKS antes de fazer o remix?

    Por fim, você novamente se esqueceu de pôr a original para os hereges ou para os gagás que não se lembram mais como era.

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    • ehehehehe, como sempre, já é praxe, vou subir a nossa querida e nostálgica versão PSG, valeu Émerson.

      Sim rapaz, durante o processo não ouvi nenhuma versão que não fosse a PSG, onde guardo (nós guardamos ne…) toda a nostalgia. Até pra não me “poluir” (não no sentido ruim, sim no sentido de seguir um caminho diferente) durante a criação e execução dos arranjos.

      Mas Motavia eu nem precisava ouvir, só escutava pra tirar detalhes de arranjo mesmo. Está nas nossas cabeças, em loop desde 1989 :)

      Valeu Émerson, ah, tou pensando em fazer uma versão de game music de um jogo de luta em breve, você ficará sabendo por aqui, talvez você goste.

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  4. O tema de Motávia é um dos meus favoritos. Eu sempre admirei esse ritmo quebradinho da música e seu jeitão animado, pouco convencional para um RPG.

    Adoro a função daquilo que “seria” o baixo na música original (e que aqui virou “mesmo” o baixo): a melodia começava naquele clima alegrinho, com o teclado soltando várias notas, e aí de repente parava numa nota, segurada por um tempinho, enquanto o baixo “continuava o trabalho”. Parece que o teclado fica dialogando com o baixo, um vai preenchendo as lacunas deixadas pelo outro, é fenomenal.

    Quanto à sua versão, o que dizer, né? Adoro o fato de que você sempre reimagina as músicas, não se limita a reproduzir os arranjos com instrumentos reais. O toque que você deu com o sintetizador deu uma cara bacana e diferente à música, um lance meio sci-fi que me lembrou até um pouco o estilo que usaram no PSO. O que é muito apropriado, já que o PS1 (aliás, toda a série Phantasy Star) é bem sci-fi também.

    Legal você ter notado a importância do baixo e ter “recrutado” o seu irmão para tocar. Ele acrescentou uma ou duas notinhas no fim de algumas “frases” — não entendo direito de música, perdoe os termos bizarros :) — que deram o toque de sofisticação que o tema original precisava, mas sem transformar numa coisa muito doida, virtuosa e “nada a ver”. Show de bola!

    Eu gosto de todos os seus remixes, mas dos que você já fez de Phantasy Star este foi o melhor na minha opinião, acho que você mandou muito bem. Ou não? Sâo todos tão legais, tenho que ouvir os outros de novo.

    Fico na torcida para você fazer mesmo remixes para todos os temas! E aproveitando a deixa, já ouviu o tema de Motávia que tem no Sega Rocks Vol. 1?

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    • Rapaz, você tem a sensibilidade de músico, sem elogios rasgados na afirmação.

      Sua percepção da relação do baixo com a melodia (o “solo”), certeira. Boas músicas, com bons instrumentais, geralmente o arranjador teve essa preocupação: unir todos os instrumentistas/instrumentos. Eles precisam parecer estar conversando (pode parecer bobagem, mas está lotado de músicas desconexas neste aspecto). Isso cria sensação de “banda”, de harmonia (não harmonia no sentido estritamente musical/técnico, você entendeu).

      Quando se toca em conjunto, principalmente quando se compôem músicas/arranjos numa banda com “pessoas reais”, essas coisas acontecem naturalmente, às vezes um olhar entre o guitarrista e o tecladista, o baixista e o baterista… um “leva” o outro. Quando a gente produz música, assim, hermeticamente no estúdio, têm de trazer essa noção ao que se está produzindo. E é isso que bons músicos fazem, como BO – e a gente tentou reproduzir.

      Não queria comentar sem antes ouvir o Sega Rocks (você e o Émerson comentaram), fui baixar e ouvir, muito bom – percebi que eu tinha algumas faixas dele soltas, mas NÃO “Planet Motabia” (só a FM)! Curioso: essa versão tem um vibe anos 70 muito interessante, o baixo e a bateria em alguns momentos dão a nítida impressão dessa influência. Adorei, nunca tinha ouvido. Engraçado: ela tem 3:54 e a “New Motavia” 3:57 :)

      Quando chamei Elmo, ele levou a MP3 da originalíssima do Master e tirou o baixo em cima dela. Nem a versão FM ele conhece :) Pedi pra ele tentar ser bem fiel ao baixo que está contido na música, identifiquei com ele quais partes representavam o baixo. A medida que vai repetindo, tocando, surgiram alguns pequenos arranjos simples como você bem notou. Claro que abri espaço para alguns momentos mais vibrantes com aquela introdução e o bridge no meio, onde o baixo se junta à bateria na marcação e no “poder” da música. Principalmente em 2:45 com clímax em 2:56 :)

      A melodia foi naqueles timbres bem anos 80 mesmo, quase “RickRoll” rs, procurei dezenas de timbres até encontrar um que “brilhasse” como Motavia, que tivesse aquele vibe… sci-fi. Como disse a você mesmo uma vez Gagá, ainda vou fazer a versão da “Cave” que ainda não vi – uma que tenha o feeling da original do Master System. Em geral, as versões da Cave ganham guitarras imponentes, ou então o solo do sintetizador governa demais a música – mas o segredo que o BO colocou ali são as notinhas soltas de fundo, elas são a chave daquela música. Acho que há espaço para uma versão fiel, que traga essa atmosfera que o Bo quis passar ali – de isolamento, solidão, mas de expectativa.

      Ou seja, vazou a próxima de Phantasy Star que aparecerá por aqui ;-)

      Bom, valeu, versão de música de Phantasy Star que foi aprovada pelo Orakio Rob não precisa mexer mais, missão cumprida :)

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    • To começando a notar um padrão aqui. As músicas de PS são sempre as que Gagá mais gosta, porque será isso? Esse mistério precisa ser desvendado ;)

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      • Nada, é impressão sua… :P

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        • Sabe como é, o velhote tem uma gorda aposentadoria, e transfere 1000 mesetas mensalmente pra minha conta bancária. No mundo real, ninguém troca animal raro por um pote laconiano, então preciso juntar 1 milhão de mesetas pra comprar num ‘shop’ aqui perto de casa. Já até tentei entrar e sair três vezes pra ver se ele me vendia mais barato, mas o vendedor só achou que eu era louco.

          Mês passado não teve remix de Phantasy Star porque usei as 1000 mesetas do Gagá pra comprar um bolo.

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  5. Só agora escutei o resultado final!

    “You are a true Genius!” O resultado ficou excelente!!

    Jogou!!

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    • ehehehe, o baixo ficou bala mesmo.

      Na próxima que a gente fizer, vou te pedir pra jogar o jogo da música também :P (meu irmão é órfão do Atari 2600, nessa época não tinha game music, rs).

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  6. Muito legal!!
    Essa música tem um toque oriental bem legal :D
    Ficou muito bom !! Parabéns !!

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  7. Eu havia ouvido apenas a introdução antes, mas agora pude confirmar a inspiração do Minoru Mukaiya e os primeiros álbuns da Casiopea, logo no início. Aliás, não sei se foi intencional, mas essa parte acabou lembrando bastante também da Yellow Magic Orchestra… Foi intencional ou saiu sem querer mesmo?

    Anyway, nunca joguei o primeiro Phantasy Star, então minha experiência com a trilha sonora é apenas aquilo que ouvi em mp3/vgz mesmo; ou seja, conheço os temas, mas tenho dificuldade de associar com os nomes e localidades do jogo. Mas esse tema é um dos meus favoritos, e a versão ficou ótima, muito bem preenchida em todos os lugares, e o baixo deu uma coisa mais orgânica à coisa toda, já que nem todas as notas vêm no mesmo tempo, há certos improvisos, enfim, coisas que náo seriam tão bem reproduzidas se o houvesse sequenciamento.

    Anyway, vai juntando material mesmo, pra lançar o fan-album no fim do ano – hopefully, junto com a tradução do Generations I de PS2 ;)

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    • ehehehehe, que legal, Casiopea está no back of my mind mesmo (os álbuns Halle e World Live 88 somente) mas não foi intencional não :) A intro “saiu” mesmo, quanto mais a gente gosta da música (Motavia em especial, gosto muito mesmo) a gente fica bastante empolgado durante os arranjos. Gosto muito dessas “paradinhas” com bumbo marcando e acordes rápidos – estou me repetindo, mas é a beleza do estilo dos anos 80 :) serve pra crescer a música e ir “tirando o véu” da melodia.

      eheheheh, você deu até uma boa idéia para o dia em que sair a tradução do PSG1 ;-)

      Valeu Rafa, e lá vou eu atrás dessa Yellow Magic Orchestra pra escutar, provavelmente te passando uma mensagem perguntando “Tem ela aí no 4shared pra mim” :)

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  8. Impecável.Não sou músico ,não conheço teoria musical, não consigo sustentar meu comentário com um argumento válido mas… dentro das limitações do meu senso comum eu digo:
    -Ficou ótimo!!!

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    • @Dactar
      Valeu meu velho :) o que importa mais é o lado subjetivo.

      @Andrey
      eheheheh, “Sound Test BGM” dá até nostalgia ouvir essa expressão, rs

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  9. Realmente Eric, essa dai e’ uma daquelas que eu passaria horas no Sound Test BGM.
    Muito massa mesmo!

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  10. Parabéns ficou muito bom! Infelizmente eu não conhecia a original, mas dá para reparar bem que tem um toque a mais nessa versão.

    Uma dúvida sugestão, não sei se em algum Game Music anterior tem vídeos, mas seria legal um making of, mostrando você tocando e gravando cada pista, etc. (é o primeiro Game Music que acompanho, vou dar uma olhada nos anteriores)

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    • Valeu Frank!

      Rapaz, tem alguma idéia nesse sentido em breve por aqui, valeu pela sugestão :) tomara que tenha alguma outra que fiz por aqui que você conheça, versão de game music funciona bem melhor quando a gente tem alguma relação com ela.

      Você gostou sem conhecer a original, melhor ainda :)

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  11. Rapaz, estou aqui ouvindo a música pela milésima vez e o que me chama a atenção nela até agora é a mesma coisa que chamou a atenção da primeira vez. Eric pôs uma espécie de vocal junto com certos acordes, um tipo de “aahhhhhh” que parece um grupo de motavianas cantando em coro. Esse é o tipo de idéia que eu admiro em Eric.

    Isso não é novidade, mas um músico não é só um cara com habilidade técnica, esse tipo de criatividade é essencial e raro de ver nos músicos, mas aqui o cara faz parecer coisa de criança.

    “Nailed it” é meu comentário pra esse remix, ainda preciso ouvir a música de Motávia na versão de PS2 de PS1 (PS2 = Playstation 2, PS1 =…. vocês entenderam) mas já gostaria que essa fosse a música nessa versão.

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    • ehehehe, valeu Danc, essa versão teve vários convidados, meu irmão no baixo e o Orakio Rob me passou um contato de umas motavianas rapaz, após o teste do sofá, algumas foram selecionadas para o coro :P

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  12. Antes de começar a minha cruzada de comentário, deixa eu te fazer uma pergunta. É certo que eu sempre comento sobre os começos e os finais que você coloca nas musicas, mas me diz aí:

    Como é que você consegue?

    Adorei! Cara! “Égua” do som limpo e agradável. Os ritmos das baterias estão uma belezura e a instrumentação está num ritmo gostoso de se escutar.

    Em 00:21 você inseriu um trecho incompleto do próprio solo da musica de Motávia que ficou massa! Como se fosse o anuncio do que estaria por vir, como se fosse um modo de você dizer
    “Hey! A musica vai ser assim. Mas espere e verá que temos novidades.”

    Mas não é só isso, você fez uma mutação com o solo original que não ficou incoerente e nem estuprou o sentido original que é responsável pela clima do jogo.

    O Instrumento escolhido para o solo foi divino. Eu acho que não teria essa capacidade de escolher vários sons de modo a ficarem harmônicos como você faz (Essa é uma das razões por eu te chamar de Mestre).

    O descanso que você dá em 00:42 encheu o meu coração de expectativas pro retorno da porrada que vem em 00:45. Tem um trecho que você coloca um instrumento de fundo que me lembrou Dezoris, é algo como um som propagado numa caverna de gelo, como os ventos frios tentando falar algo para você (“Que você esta sozinho e por conta” :-)). Confesso que achei um pouco estranho já que Motávia é um planeta deserto árido. Mas digo isso porque quando eu escuto as suas musicas, eu não escuto somente por escutar, eu tento linkar os sons e as melodias com imagens do lugar em questão. E quando eu escutei esse som, eu achei estranho, mas não átono à musica. Será que você não inseriu isso de propósito para ver quem ia “xiar”?
    :-p

    Guarda esse som pra usar na versão Dezo, esse som começa em + ou – 00:48. Em 3:15 a gente “visualisa” melhor essa questão. Por sinal você até dá uma variada na batida de compasso de modo elástico (Sai e volta sem se perder da mesma).

    Te confesso que o momento que eu mais gosto do solo dessa musica é a que começa em 1:14. É como se tivesse um sentimento de algo em ascendência pós dificuldades.
    Gostei das retiradas das baterias de 1:59, isso permite termos uma noção singular do que é o solo da musica, confesso que fiquei imaginando você encerrando ela com somente o som do Solo sem mais nenhum instrumento, ou com um meio imperceptível mas que fica estendido após o encerramento de tudo. Mas eu vou esperar pra ver o que você reservou porque é sempre uma surpresa agradável o modo como você cria esse encerramento.

    Gostei da mudança de instrumento que você faz em 2:56 e a porrada comendo na bateria ficou muuuuuito empolgante.

    Você dá uma brincada “perigosa” com a batida de compasso nos trechos finais. Eu evito fazer isso porque eu não tenho pratica alguma. Quando eu toco teclado, é sempre batendo a ponta do pé no chão para não me perder.

    No final você joga quase uma explosão de instrumentos, retira a metade e depois encerra brincando novamente com a batida de compasso. Não lembro de você ter adotado algo assim em alguma outra musica. O que eu achei estranho foi você ter encerrado a musica de fato em 3:52 quando o marcador segue até 3:56. Pra quem ver pensa “Há! É só 4 segundos”. Mas eu aprendi que o tempo é tão precioso que 4 segundos passam a se tornar importante. Será que você não inseriu alguma mensagem sub liminar nesse trechinho?
    :-)

    Cara! Queria ter esse talento. Eu até que arranho no teclado, mas fazer uma juntada com tantos instrumentos musicais em concordância é coisa pra que tem aquilo dentro de si, no coração em forma de inspiração e talento. Se vocês morassem aqui no PARÁ eu iria viver enchendo o saco de vocês pra aprender a fazer isso. Parabéns pelo excelentíssimo trabalho! Estou no aguardo de mais.

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    • Opa, diga aí J.F. Seus comentários são sempre um convite a leitura, acho que muita gente que visita aqui acaba reescutando a música mais uma vez pra ir acompanhando seus comentários.

      Falando nisso, se não me engano o plugin do Soundcloud que usamos permite fazer comentários na própria música, com o tempo e tudo mais. Nunca testamos esse recurso mas acho que seria bacana começar a usa-lo.

      Quanto aos seus comentários, Eric vai ter um prato cheio respondendo a eles, de tão detalhados. O lance da batida no compasso que você mencionou mesmo, eu mesmo fiquei agora curioso em saber o que Eric quis fazer, mas desconfio seriamente que foi uma simulação das batidas irregulares, tão comuns na música pop japonesa (incluindo aí a banda Cassiopéia, favorita do Eric) e que pra nós ocidentais soa tão diferente e difícil de acompanhar.

      Eu mesmo que estou no iniciozinho de aprender a tocar teclado fico impressionado com as mesmas coisas que você. Esse tipo de sensibilidade é muito difícil de ensinar (talvez impossível) e eu mesmo fico imaginando se um dia chego nesse nível de criatividade. Bom, eu vou seguir tentando que é o melhor que posso fazer. Seria realmente legal morarmos na mesma cidade, acho que iamos ter muito assunto pra falar em termos musicais.

      Eric, cadê você meu filho!

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      • O Souza (Yoz lá na Lista de Algol) é o maior fã de Phantasy Star que eu conheço. Acho que ele gosta mais da série até do que eu! Totalmente pirado!

        Ele vem aqui elogiar humildemente o trabalho do Eric, mas ele também faz um trabalho sensacional capturando sprites e fuçando bizarrices nos jogos da série Phantasy Star. É só ver a “Semana Bizarra de Phantasy Star III” que ele fez no Blog de Algol outro dia, coisa de louco!

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        • E taí o link para o Dia 1 da Semana Bizarra de PSIII no Gazeta de Algol:

          Schala Theme Tittle

          Vale ressaltar o cuidado que o Yoz tem com os sprites capturados: tudo ordenadinho, apresentação e nomeclatura impecáveis – os ZIPs têm até documentação. Trabalho de mestre, de quem gosta de olhar pro que fez e sentir que está tudo pronto e bem-feito. Com fãs de Phantasy Star do calibre do Yoz e do Gagá por aí, preciso me esforçar cada vez mais com esses remix pra tentar me equiparar :)

          *égua* de captura de sprites é aquela ali, rapaz! :D

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      • ahahahaha, putz Danc, tive um dia no trampo ontem atípico, sacanagem.

        Os arranjos de bateria, os bateras japas adoram “dificultar” as coisas, de uma maneira brilhante. Algumas viradas terminam antes do “padrão”, tem um monte de detalhe, parece interface de RPG complicado aquilo ali às vezes :) Hoje em dia acabo executando naturalmente alguns clichês nos arranjos, justamente pela influência direta do Casiopea e mais ainda da game music com o passar dos anos.

        Ah, legal o lance do soundcloud, depois a gente experimenta mesmo :)

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  13. Grande Yoz, não só nos comentários mas na sensibilidade, como de costume.

    Então rapaz, o timbre do solo: queria algo que lembrasse o PSG do Master, mas não descaradamente. Esse caiu bem mesmo, é um synth meio cristal “com um twist”.

    Curioso: você tem razão com relação ao “som frio” que está ao fundo. Claro que não era uma pegadinha (adorei esse comentário) ehehehehe, mas de fato é um timbre meio gélido mesmo. Ali mesmo (em 00:46) , Yoz, onde começa a melodia principal mesmo, toco o contra-solo da Motavia original do Master – se prestar atenção na versão PSG, escutará aquelas notinhas. Eu quem pergunto agora: será que você percebeu esse detalhe? ;-) Ah, guardarei o timbre para o futuro em Dezóris :)

    Em 2:56 que você gostou, foi o arranjo que mais me satisfez também. Ali, procurei criar um espaço para o baixo do meu irmão, e pode ser considerado o clímax da música.

    ahahaha, a da mensagem subliminar foi demais, rs. Algo a se considerar daqui pra frente :D Sobre os tempos ‘sem tempo’ do final é coisa de banda, músicos se entreolham e… sincronizam na base da emoção, deixando o metrônomo de lado mesmo. Isso se tornou um arranjo típico.

    Bom, valeu mais uma vez Yoz. Pode aguardar aí que, demora mais sai mais Phantasy Star por aqui até terminar todas.

    Detalhe, nunca é tarde: as dunas de Motavia isoladas que utilizei na imagem do post é do incrível trabalho de captura do Yoz.. Trabalho mais que meticuloso e único – a única imagem das dunas isoladas que encontrei quando procurei pra fazer a imagem, era do Yoz. Confiram no Gazeta de Algol:

    http://www.gazetadealgol.com.br/diversos/sprites/ps1

    (Acho que me senti próximo demais de vocês e não creditei no post mas deveria, aproveito pra desculpar-me da falha :)

    Mais recentemente ele fez o mesmo com PSIII, e rendeu uma brincadeira bem bacana, tá tudo lá na “casa de Alis & cia” – o Gazeta de Algol.

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    • >Acho que ele gosta mais da série até do que eu!
      R: Será mesmo?

      >Totalmente pirado!
      R: Putz! :-)

      >Com fãs de Phantasy Star do calibre do Yoz e do Gagá por aí, preciso me esforçar cada vez mais com esses remix pra tentar me equiparar :)
      R: Se eu fizer um ReMaker do Phantasy Star II, vou te chamar pra compor as musicas pra ele. Topa? :-D

      >*égua* de captura de sprites é aquela ali, rapaz! :D
      R: Esse “Égua” e uma gíria que paraense usa. Eu só uso quando eu estou muito empolgado com algo.

      >queria algo que lembrasse o PSG do Master,
      R: Eu gosto das musicas do Phantasy Star Gaiden. A qualidade sonora é o cumulo da simplicidade, mas não deixa nada a desejar climaticamente. Fora que eu adoro o sonzinho do 8Bits. Mas eu não identifiquei nada do Gaiden não. Detectei elementos do Generations.

      >será que você percebeu esse detalhe?
      R: Você se refere ao Generations? O que eu posso te dizer é o seguinte. Eu escutei poucas vezes as musicas do Generations 1. Mas em certos momentos eu SENTI algo do Generations, mas não identifiquei logicamente.

      >Ali, procurei criar um espaço para o baixo do meu irmão, e pode ser considerado o clímax da música.
      R: Você é o cara!

      >Algo a se considerar daqui pra frente
      R: Já tenho até a mensagem “Vamos invadir a SEGA e criar um Phantasy Star V.”
      :-p

      >Bom, valeu mais uma vez Yoz.
      R: É como sempre foi e será um prazer.

      >Pode aguardar aí que, demora mais sai mais Phantasy Star por aqui até terminar todas.
      R: Vou cobrar! Quero uma melodia bem sombria e solitária pro Dezo de Phantasy Star II. Mas quero “ver” como vai ser o Dezo do 1, porque eu gosto mais do que a Mota do 1.

      >Mais recentemente ele fez o mesmo com PSIII, e rendeu uma brincadeira bem bacana, tá tudo lá na “casa de Alis & cia” – o Gazeta de Algol.
      R: Essa “brincadeira” a que você se refere é a semana bizarra? Vou te confessar uma coisa: “Não era para ter uma semana bizarra do Phantasy Star III”. O problema é que eu estava “criando” os códigos para me ajudarem nas capturas de Srites, mas aí eu cataloguei tanta coisa maluca que eu acabei decidindo por fazer um do “Phantasy Star III”. Pior não é nada! Eu estou começando a fuçar o Phantasy Star IV, e já encontrei algumas coisas curiosas nele, nada de excepcional, o “quase-básico” pra me auxiliar nas capturas de Sprites já está na mão. Mas vou aproveitar pra continuar catalogando coisas. O problema é que esse “desbravamento” é mais de tentativas de erros do que com acertos.
      Muito obrigado pela palavra e pelo apoio.
      Até mais!

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      • Sim, me referia à semana bizarra, com certeza! Demais.

        Valeu grande Yoz, estamos fechados com a trilha do ‘remake do PSII’ e com “as Dezoris” em breve ;-)

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  14. […] pode postar comentários aqui mesmo, mas sugiro que deixem os comentários no post do blog do Eric, aqui. Tweet This entry was written by orakio and posted on April 7, 2011 at 7:00 am and filed under […]

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  15. Orra muito bom a sonoridade, tem coisas que quando o Eric Fraga está inspirado, lembra o Yuzo Koshiro hehe.

    Parabéns aos desbravadores do PS (Eric/Y0Z/Orakio/VC), só traz alegria :)

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    • ahahahah, adorei, valeu meu caro gamer_boy, estou longe do mestre Yuzo Koshiro, mas sem dúvida é fonte de inspiração a todo momento :)

      Me colocou no meio das celebridades de Phantasy Star ali :) Abração!

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  16. Dos que ouvi certamente foi um dos melhores. Não conhecia direito a original e, depois de escutar, achei que foi bem fiel, com aqueles toques de improvisão mencionados acima que fizeram toda a diferença. Baixo, teclado e a bateria virtual ficaram excelentes, gostei de tudo aqui.

    E o 00Agent tirou as palavras da minha boca quando falou que parecia a Yellow Magic Orchestra. Especialmente nos 45 segundos iniciais. Além do Casiopea, é claro.

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    • Legal mesmo Alexei, sem dúvida, Casiopea (e os indivíduos da banda) são fonte de inspiração óbvia, ainda mais pelos motivos que conto no post. Os arranjos saem sem a preocupação de parecer com eles, mas claro que dois discos do Casiopea me acompanham desde os anos 80 + a game music, então não há como fugir mais ^_^

      Claro que não há todo um cuidado de minha parte de não “arranjar demais” – por exemplo, não uso os recursos do sequencer para simular arranjos que eu não possa executar – evito isso sempre. Executo em tempos mais lentos, em certos arranjos (normal em produção), mas me certifico de que consigo executar os arranjos propostos sem precisar de sequencer (há exceções, bateria principalmente, obviamente). Quero dizer com isso tudo que não tem nada nos arranjos das versões que faço “que só o Casiopea executaria”, porque não quero me meter à divindade não :)

      Bom, valeu mais uma vez pelo comentário, abração.

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