Mercúrio Diversões Eletrônicas

Por Andrey Santos

“Mercúrio Diversões Eletrônicas”. Esse foi um lugar onde pude conhecer vários dos jogos onde gráficos e músicas sempre me fascinaram. Hoje, onde se localiza este hotel, havia o pequeno fliperama, como era chamado por todos. Depois a gente chamou de “mercúrio cromo”.

Era um lugar sem muita ventilação. Putz, quando aquilo enchia de gente… De longe já se escutava Rally-X, New Rally-X, Vortex, Pole Position II, dentre outros. Havia também uma outra casa de jogos eletrônicos situada na Praça Rui Barbosa, ali onde hoje é uma lotérica. Lá, tinham raridades como Zaxxon! Sim, Zaxxon, era o único motivo que me fazia visitar aquele flipper. Abrindo um parêntese, gostaria de mencionar que na principal festa de largo, a Trezena de Santo Antônio, sempre haviam as barracas de atrações como tiro ao alvo e aquela do cachorro quente onde, quem comprasse lá, sempre contava uma história de desarranjos intestinais e corria avisando aos amigos no ano seguinte :) E a mais interessante, para mim: a barraca dos jogos de fliperama.

Nessa barraquinha de uma festa de interior,  conheci o original Moon Patrol e um arcade que tinha um volante, um pedal de acelerador e primeira e segunda marchas. Tinha uma vista superior, uns gráficos como Enduro do Atari e caía aquela chuva de carros pra você só desviar. Era o Super Speed Race (Valeu Eric!) – eram só a pista, os carros descendo e, claro, tinha a ambulância.

Enquanto isso no Mercúrio Cromo, chegaram: Karate Champ, Gladiator, Kikikakai, Vulgus, Venus (música fantástica), Elevator Action (tinha em todo flipper), RoadFighter, Phoenix, Tokio – este jogava e não parava mais; zerava tantas vezes até que o jogo apresentava erros como cenários sem inimigos e música do chefão tocando em todos os estágios – claro, uma música daquelas é sempre bom ouvir o jogo todo.

E finalmente Double Dragon 2, que não era um jogo de pancadaria e sim um “jogo de parceria” –  já sabia os amigos que realmente faziam dupla naquela jornada. Vamos ali zerar Double Dragon 2? Era assim o convite pra um final de tarde no planeta Mercúrio Cromo.

Saindo de lá, vamos todos pra casa…

…de alguns amigos que tinham as versões dos arcades em seus Atari, MSX e TK. É  isso aí pessoal. Bom lembrar daquele tempo. Valeu.

* * *

18 Respostas

  1. […] This post was mentioned on Twitter by Eric João F. Fraga and Cosmic Effect, Eric João F. Fraga. Eric João F. Fraga said: O Andrey Santos (nosso artista residente do Cosmic Effect) contando o por quê dele ser fascinado com arte retrogaming http://bit.ly/goiZtS […]

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  2. O fliperama sempre foi universo paralelo para mim e meus amigos.Pois uma coisa era jogar nos console em casa e outra totalmente diferente nos arkades.Acho que essa magia dos fliperamas começou a ruir com a chegada do NeoGeo(para quem podia ter um)e depois mais recentemente com o Playstation,porque a partir daí gráficos e sons de ambos não tinham diferenças tão gritantes,embora é claro, a experiencia de jogar em arkade ,ainda hoje, é uma experiencia ímpar.
    A foto do seu post Andrey me encheu de nostalgia,meu aquelas fichas de FLIPER quantas lembranças…
    Para finallizar eu adorei sua definição de Double Dragon 2 :Não era um jogo de pancadaria e sim um “jogo de parceria”.Aliás eu estendo essa definição ao D.Dragon 2 do NES que eu acho sensacional e foi o game da era NES que mais joguei com 2players.

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    • Verdade Dakar, quem tinha MSX, TK, naquela epoca, sempre dava uma olhada na revista CPU pra ver os graficos do Amiga e comparar. : )

      E assim vieram os PCs e Videgames potentes e o arcade dos bairros e dos shoppings sumiram.
      Ainda existem uns por ai. Sera que ainda consigo uma ficha daquelas? Aqui em Salvador deve ter ainda algum fliper underground, vou procurar!

      Sim, DD2 tanto NES como Arcade sao grandes classicos da parceria! Sempre bom revisitar!
      Valeu!

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      • Andrey ,não sei em Salvador mas aqui em Curitiba fliper já era e as fichinhas muito menos. :)

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        • Andrey, talvez aqui no centro da cidade tenha um, ouço uns “shoryuken” quando vou almoçar num restaurante escondido que tem aqui perto do trabalho, vou dar uma olhada ;-)

          Aberta a temporada às fichinhas “FLIPER”!

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    • Ótima essa do “universo paralelo”, não tem definição melhor pra essa época. Zaxxon e Pole Position eram uma coisa em casa; nos arcades, eram um sonho, um show…

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  3. Putz, que saudades de “bater um flipper”

    Durante minha infância eu jogava arcades na locadora onde eu alugava os jogos de Mega Drive e Super Nes e chamava “Pare & Olhe” (o nomezinho infeliz). Lá, mais ou menos na época do lançamento do Street Fighter 2, tinhamos a máquina do Street Fighter 1 – cara, aquilo acabava com a mão da gente. Fora ele, tinha um Mortal Kombat 1, Cadilacs and Dinossaurs (classicaço!!) e um pinball de nave que eu não vou lembrar o nome de forma alguma.

    Algum tempo depois tinha o Flipper do Batata aqui perto de casa. A molecada se concentrava em massa lá pra jogar SF2, principalmente porque o tal do Batata não ligava de o pessoal botar chumbinho no lugar das fichas. Não precisa ser um gênio pra adivinhar que o negócio do cara não foi muito pra frente.

    Na minha adolescência eu jogava no “Milto”, que era perto da casa da minha primeira namorada. Lembro até hoje que as fichas custavam 10 centavos. Levávamos 2 reais lá e jogávamos 20 fichas!!! O campeão de audiência na época era o King of Fighters 97, mas como eu sou um nó cego jogando jogos de luta contra os “profissionais”, ficava no meu canto jogando Marvel Super Heroes, que ficava abandonada no fundo do arcade, junto com um bullet hell que eu não lembro qual era e aqueles joguinhos eróticos de cortar a tela pra fazer aparecer uma minazinha pelada.

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  4. SF2 foi mesmo um salto nesses jogos de luta. O SF1 era marcante mas o 2 deve ter salvo a Capcon ou pelo menos trouxe muitos lucros.
    E ai veio MK 1 e finished SF2…
    King of Fighters 97 era o classico do NeoGeo, ainda acho que os proprietarios dos fliperamas colocavam o NeoGeo dentro do arcade e assim rodavam o jogo.
    Fliperama era um centro cultural desportivo! rsss

    Valeu!

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  5. Eric!

    Lembra daquela vez, no restaurante das lambretas e caranguejos que tinha 2 arcades? Enquanto chegava o pedido, deixamos a turma na mesa e jogamos SF 2 e pela primeira vez a luta empatou? Cristiane rio demais! rss
    O unico restaurante de beira de praia com arcade e tudo!!
    Epoca boa!

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    • ahahahahaha, lembro rapaz, o mais engraçado de tudo isso Andrey….. é que, não estou certo disso, mas o restaurante foi o Sentollas? Se foi… mr Danilo tem uma relação muito próxima com ele! Mas acho que pode ter sido um dos concorrentes próximos, puxei mais na memória aqui….

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  6. O Dactar falou de Curitiba (sou daqui também). A postagem se refere a qual localidade? Fica de sugestão, pois às vezes começamos a redigir e esqueçemos que esse brasilzão é enorme! rs

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  7. Rapá… esse negócio de flipper sempre exerceu um fascínio em mim que parecia que eu estava sendo atraído por um imã hehe

    Mas, meus pais sempre viam com maus olhos esse negócio de fliperama. Como se fosse algo relacionado a jogos de azar. Nunca me davam dinheiro para jogar no flipper. Acho que foi por isso que meu pai comprou logo um Odyssey para mim, para não me ver em más companhias no flipper hehe

    Eric, lembra que agente passava o dia todo naquele flipper daquele centro comercial do condomínio? hehe

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    • Caramba e como lembro, ali era demais e aquele seus pais deixavam porque era quase um “ambiente familiar”, a 10 metros do seu prédio e do meu! eheheheheheh

      Acho que a ficha de lá era a “TAITO” ou a “FLIPER” que Andrey mostrou aí, rsrs

      Star Crest!

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      • E’ imaginem, a Taito fabricava ate as fichas!! Tinha esse modelo com nome Flipper e umas outras bem maiores com mais ranhuras.
        Vou achar uma aqui em Salvador em breve e envio foto.

        Valeu!

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